“Alentejana”: Mais internacional. Subida de escalão aumenta nível competitivo.
A Volta ao Alentejo Crédito Agrícola chega, este ano, mais cedo e será mais competitiva. Entre 22 e 26 fevereiro, com início em Portalegre e final em Évora, a “Alentejana” trepou mais um degrau na hierarquia da UCI – União Ciclista Internacional e regressa ao escalão 2.1 abrindo portas à participação de mais e melhores equipas do ciclismo mundial.
19 Equipas, entre elas a Movistar, formação que venceu o ranking mundial, em 2016, vão competir nos quase 900 quilómetros da competição organizada pela Podium Events em parceria com a CIMAC – Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central.
Para Joaquim Gomes, diretor da Volta ao Alentejo, nesta edição da prova “asseguramos, mais uma vez, a presença nas quatro sub-regiões do Alentejo com o envolvimento de cerca de três dezenas e meia de Municípios”. A subida de escalão é também motivo de orgulho. “É um passo, importante, rumo à recuperação do estatuto internacional que a prova ostentou nos anos 90. Sem usufruir, naturalmente, de grandes percursos montanhosos, as planícies alentejanas revelam, há muito, outros argumentos que, aplicados ao fantástico mundo do ciclismo, têm proporcionado épicas batalhas na luta pela liderança, quer da “Alentejana”, quer da Volta a Portugal”, relembra Joaquim Gomes.
Mapa da “Alentejana”
Pelo terceiro ano consecutivo, a Volta ao Alentejo Crédito Agrícola vai começar na capital do alto Alentejo. De Portalegre a Castelo de Vide, o pelotão de 152 homens vai enfrentar o percurso mais pequeno (158 quilómetros), mas também o mais difícil com quatro contagens de montanha no Parque Natural da Serra de São Mamede. A chegada a Castelo de Vide está prevista para as 16 horas, horário previsível para todos os finais de etapa.
Após um trajeto inaugural mais montanhoso, o pelotão vai começar a rasgar as estradas da planície, entre Monforte e Portel, com o “Grande Lago” Alqueva, como pano de fundo. A segunda etapa (170 quilómetros) terá um único prémio de montanha em Monsaraz. A terceira tirada, a mais longa, com 208 km, levará a caravana de Mourão até Mértola, a “Capital “do Vale do Guadiana. O quarto dia de prova vai começar em Odemira, e, após 175 quilómetros, em que o Litoral Alentejano somente se deixa encobrir pela Serra de Grândola, vai terminar em Alcácer do Sal.
No fim, e a caminho da cerimónia de coroação do 35º vencedor da Volta ao Alentejo, será feita a ligação de quase 170 quilómetros entre Ferreira do Alentejo e Évora, com o Baixo Alentejo a devolver, simbolicamente, a prova ao Alentejo Central.
Resumo Etapas 2017 (Veja aqui: ALENTEJANA 2017- Percursos)
1ª Etapa – 22.02 – Partida Simbólica: 12h00 – Portalegre / Castelo de Vide – 158km
2ª Etapa – 23.02 – Partida Simbólica: 11h50 – Monforte / Portel – 171,3km
3ª Etapa – 24.02 – Partida Simbólica: 10h50 – Mourão / Mértola – 208,0km
4ª Etapa – 25.02 – Partida Simbólica: 11h45 – Odemira / Alcácer do Sal – 175,2km
5ª Etapa – 26.02 – Partida Simbólica: 11h50 – Ferreira do Alentejo / Évora – 168,9km
Caso desportivo único na história do ciclismo
Nascida em 1983, a Volta ao Alentejo conhece agora uma nova data de realização e um novo estatuto que a relança novamente no calendário das mais importantes competições internacionais. A prova continua a manter um estatuto desportivo único em todo o mundo tendo em conta as competições por etapas organizada no âmbito da UCI porque nunca ninguém venceu a prova duas vezes nas 34 edições já realizadas.
Este ano com um pelotão ainda mais internacional esta curiosidade ganha maior relevância. Entre os corredores pré inscritos há apenas um homem que pode repetir a façanha. O espanhol Carlos Barbero, agora ao serviço da equipa World Tour Movistar, pode bisar a vitória alcançada em 2014 e quebrar a tradição.
Últimos Vencedores da Volta ao Alentejo: 2016 –Enric Mas (Klein Constantia), 2015 – PawelBernas (Activejet Team), 2014 – Carlos Barbero (Euskadi) … Há 10 anos (2007) – Manuel Vázquez (Andalucia-Cajasur), Há 20 anos (1997) – Aitor Garmendia (Once) e Há 30 anos (1987) – Joaquim Salgado (Garcia Joalheiro).
Grandes Marcas no Pódio
Estão em discussão na 35ª Volta ao Alentejo quatro camisolas de líder destacando-se a “Amarela” Crédito Agrícola que vai destacar diariamente o corredor com o melhor tempo em prova e o vencedor final. A Classificação Por Pontos terá uma nova identidade com a Camisola Preta Kia enquanto o “Rei dos Trepadores” vai envergar a Camisola Castanha Delta Cafés. O Prémio da Juventude será representado na Camisola Branca RTP.
Os tradicionais chapéus alentejanos entregues ao vencedor de cada etapa serão novamente atração nas cerimónias de pódio, assim como a Arte Chocalheira de Alcáçovas.
Equipas presentes
World Tour: Movistar Team (Espanha)
Continentais Profissionais: Manzana/ Postobon (Colômbia), Israel Cycling Academy (Israel), Gazprom/ Rusvelo (Russia), Caja Rural/ Seguros RGA (Espanha) e CCC/ Sprandi Polkowice (Polónia)
Continentais: Axeon/ Hagens Berman e Rally Cycling (ambas dos Estados Unidos da América), Metec TKH (Holanda), Euskadi Basque Country/ Murias (Espanha), Team COOP e Team Sparebanjen Sor (ambas da Noruega), An Post/ Chain Reaction (Irlanda) e as portuguesas, LA Alumínios/ Metalusa, Rádio Popular/ Boavista, Louletano/ Hospital de Loulé, Sporting/ Tavira, Efapel e W52/ FCPorto.