Aljustrel: Militar aponta arma a superior. Foi detido e transferido de posto.


Militar do posto da GNR de Aljustrel apontou arma a um superior. Detido e acusado de insubordinação, foi transferido de local, mas meteu baixa médica. O guarda principal João Gamito está a ser alvo de um processo disciplinar interno.

O gozo de dois dias de folga não autorizados pelo comandante do Destacamento da GNR de Aljustrel, terão sido o “rastilho” que levaram na sexta-feira, o guarda João Gamito, 35 anos, a entrar no posto, munido da arma de serviço, que apontou a um furriel.

João Gamito, foi desarmado e detido por um colega, tendo o caso sido participado ao DIAP de Lisboa, que baixou o processo a inquérito. “O militar foi detido por insubordinação, transferido para outro posto e encontra-se de baixa”, justificou o Capitão Ribeiro, porta-voz do Comando de Beja.

José Alho, presidente da ASPIG, “condena” a atitude do militar, num local “preocupante” e fala de um destacamento onde “é necessária uma distribuição equitativa dos gratificados dos explosivos”, remata.

Na origem do caso terá estado o facto do militar e a sua companheira, Susana Pica, também guarda no mesmo posto, não terem beneficiado de dois dias de folga compensatória, já que meteram baixa médica entre 28 e 30 de dezembro.

A apreensão de uma caixa, com 360 ovos, sem elaboração de expediente, que depois desapareceram, a que se juntou uma carta anónima enviada ao Comando Geral, terão começado a marcar uma relação conturbada dentro da subunidade.

O guarda João Gamito, foi transferido para o posto de Ourique, mas entrou de imediato com uma baixa médica, enquanto a companheira contínua em Aljustrel.

Natural de Alvalade do Sado, João Gamito, é divorciado, tem três filhos e há cerca de três anos que é jogador da equipa do Negrilhos Futebol Clube, que disputa o Campeonato Distrital da 2ª Divisão-Série A da Associação de Futebol de Beja.

Teixeira Correia

(jornalista)


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