Aljustrel: Roubado sino da igreja de Messejana, no valor de 25 mil euros.
Igreja de Messejana assaltada seis vezes. Sino com mais de uma tonelada, no valor de 25 mil euros foi o ultimo alvo dos “amigos do alheio”.
Um sino, em bronze muito puro, uma peça fundida do século XVIII, com mais de uma tonelada e avaliado em 25 mil euros, foi furtado de um dos campanários da ermida de Nossa Senhora da Conceição, em Messejana, concelho de Aljustrel.
Considerado como Monumento de Interesse Público, foi assaltado pela sexta vez, só que agora o caso tomou “foros de escândalo e muito preocupante”, já que para baixar o sino terão sido necessários “pelo menos três pessoas e o recurso a cordas e roldanas”, revelou o Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja (DPHADB).
Localizada a 3 quilómetros de Messejana, a ermida é apontada por José António Falcão, responsável pelo património da Diocese de Beja, como um “monumento mártir”, face às constantes “delapidações” de que o monumento tem sido alvo.
“A solução passa por uma atitude global. Temos um plano estratégico que passa por instalar sistema de alarme e vídeo, o reforço das portas e janelas e a iluminação do local”, revelou ao JN.
José António Falcão, defende que é necessária “a sensibilização dos vizinhos e o envolvimento” de Junta de Freguesia de Messejana, Câmara Municipal de Aljustrel e GNR, para além de “estancar” as perdas patrimoniais, “garantir a segurança” de pessoa e bens.
“O alarme social tocou”, defendeu o responsável da Diocese que lembra que os meios da paróquia “são modestos”, o que deixe todos “desgostosos e impotentes”, defendendo uma “ação concertada” junto do Ministério da Cultura, concluiu.
José António Falcão revelou ao JN que “vai reunir com todas as instituições” no sentido de criar uma estratégia “para o acompanhamento e visita das igrejas isoladas”, com o objetivo de “reduzir estes atentados”, rematou.
Preocupada e disponível para ser parte da solução, Ercília Diogo, presidente da Junta de Freguesia de Messejana, defende que o problema “ultrapassa o que pode ser feito à escala local”, deixando a pergunta “qual será o futuro de um monumento isolado, numa pequena terra do interior?”, justificou.
Teixeira Correia
(jornalista)