Alqueva: PS apresenta Pergunta Parlamentar à ministra da Agricultura.
Visando que o Governo esclareça duas questões, que considera importantes sobre Alqueva, o PS apresentou hoje na Assembleia da República, uma Pergunta Parlamentar, por escrito, à ministra da Agricultura. Os socialistas dizem ter informações, não confirmadas, que o Governo terá comprometido com Bruxelas “o racionamento e o aumento do preço da água”.
Através de Luís Pita Ameixa, deputado eleito por Beja e Miguel Freitas, deputado Coordenador da Agricultura, os socialistas consideram importante que, a oito meses do período agendado pelo Governo para a conclusão das obras de Alqueva, Assunção Cristas explique qual o compromisso sobre o preço da água, e, conclusão integral das obras até fim deste ano.
As questões a serem respondidas pela titular da pasta da Agricultura, justificam Pita Ameixa e Miguel Freitas com o facto de o Governo Português ter “negociado o financiamento das obras com verbas não agrícolas – FEDER e Fundo de Coesão – incluindo a retirada de 76 milhões de euros ao Programa Regional do Alentejo”, deixando no ar a pergunta sobre quais as contrapartidas em causa. “O Grupo Parlamentar do Partido Socialista tem informações, ainda que não confirmadas oficialmente, de que o Governo Português se terá comprometido em limitar o uso da água na agricultura, em 7,5%, e em aumentar o preço da água fornecido pelo Alqueva para a agricultura”.
Leia aqui as questões colocadas à ministra da agricultura: Alqueva. Preço da Água e Prazos- Req27044
No documento emitido pelos deputados socialistas, estes justificam que “o atual Governo, no início do seu mandato, começou por desvalorizar o projeto Alqueva e preconizou a sua paragem na fase em que estava, invocando mesmo o seu não aproveitamento por parte da agricultura alentejana”!
Os eleitos lembram que o Partido Socialista fez uma “denúncia imediata” e promoveu acções junto de diversas entidades, nomeadamente de associações representativas dos agricultores, que segundo os socialistas “fizeram o Governo recuar na sua política”. O deputados dizem que “foram perdidos dois anos no prazo de conclusão do projeto (de 2013 para 2015)”, sustentando que “naquela sua política de não conclusão do projeto, ter retirado ao mesmo a programação de verbas comunitárias agrícolas para o respetivo financiamento, sem ter então qualquer alternativa”.
Teixeira Correia
(jornalista)