BA 11: Bullying por comportamento homossexual afastado da morte do militar


A Polícia Judiciária Militar continua a investigar as causas da morte do militar na BA 11. Bullying por comportamento homossexual afastado.

BEJA- BA 11-  Saída1_800x800Problemas pessoais, relacionados com a família, que nada têm a ver com bullying por ser considerado homossexual, terão estado na origem da morte do militar na Base Aérea nº. 11 (BA11), em Beja na passada semana.

Essa é a convicção de uma fonte militar da BA 11 ouvida pelo Lidador Notícias, que assegura que Ricardo Jorge Figueiredo Lopes, de 23 anos, solteiro, natural do Barreiro, “teve sempre um excelente comportamento. Assíduo, trabalhador e respeitador”, garantiu o nosso interlocutor.

O militar foi encontrado morto por um colega, cerca das 10,45 horas da passada quinta-feira, pendurado a uma janela do seu quarto por um lençol da cama, no interior do edifício 108, localizado junto à Polícia Aérea (PA) da unidade.

Vários militares de outras unidades, tal como Ricardo, da B.A 6, do Montijo, estavam deslocados para dar apoio na messe durante o exercício Real Thaw 2015, que teve início no dia 23 de Fevereiro e terminava no dia seguinte à morte do jovem.

O grupo a que Ricardo Jorge pertencia ia entrar ao serviço às 11,00 horas, e aquele era sempre o primeiro a aprontar-se e foi a sua falta que levou um colega a procura-lo, vindo a dar com o jovem já sem vida.

BEJA- BA 11- Estrada2_800x800O militar do Barreiro já o ano passado tinha estado deslocado na BA11 e “o seu comportamento foi exemplar”, descreveu a nossa fonte, que afirmou “não acreditar” que algo de “anormal” tenha acontecido na festa que decorreu nessa noite na messe dos praças onde o jovem também esteve.

“Ninguém registou barulhos ou atitudes estranhas”, disse a nossa fonte, acrescentando que os militares da PA “estavam muito atentos”, face ao exercício que decorria no interior da base.

A Polícia Judiciária Militar (PJM) que volta amanhã (quarta-feira) à BA 11, para novas inquirições, esteve na unidade logo que foi alertada da morte do jovem, com 5 inspetores que ouviram de imediato militares que eram mais próximos de Ricardo Jorge.

A Força Aérea não tece comentários “sobre as causas da morte” do militar, enquanto “decorrer o inquérito” e não existam respostas para as motivações que conduziram a tão trágico desfecho.

 Teixeira Correia

(jornalista)


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