Beja: Alto Comissariado para os Refugiados reuniu com cidadãos sírios em protesto.
Protesto dos dois cidadãos sírios revelado pelo Lidador Notícias, levou Alto Comissariado para os Refugiados a vir a Beja, ouvir os dois homens em protesto na rua. Ficou o compromisso de que “dentro de uma semana deverá haver novidades para os dois refugiados”.
Dois representantes do Alto Comissariado para os Refugiados (ACR), acompanhados por um intérprete de língua árabe, deslocou-se ao final da tarde de quarta-feira a Beja, depois de terem sido informados que dois cidadãos sírios, refugiados em Portugal, estavam na rua em protesto contra as condições de vida.
Adnan Alnajjar, 88 anos, e Taman Alnajjar (à direita de camisa azul e branca, quando foi recebido pelo PR, em Évora), 40 anos, pai e filho, residem na Cruz Vermelha Portuguesa (CVP), decidiram deixar as instalações da instituições e passaram a vir na rua, com o objetivo de deixar Beja e rumar a Lisboa.
No local do protesto, Taman conversou com o LN, onde justificou que pretende “para frequentar uma escola de português, procurar emprego como estofador e trazer a minha mulher e quatro filhos para Portugal”, a ACR deslocou de Lisboa a Beja para conversar com os dois sírios.
Tadeu de Freitas, delegado da CVP de Beja, disse ao LN que da reunião entre os representantes do Alto Comissariado e os cidadãos sírios, “resultou a promessa que dentro de uma semana haveria uma resposta às suas pretensões, desde que terminassem o protesto e regressassem à casa onde habitam, o que veio acontecer”, reclamou.
Caso a situação não fique resolvida do prazo dado pelo ACR, pai e filho admitem regressar ao protesto na rua.
O LN sabe que a situação chegou ao conhecimento do Presidente da República, que em abril de 2016, deu as boas vindas a Adnam, Taman e outros dois refugiados em Évora, aquando da chegada a Portugal.
Entretanto o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) esclareceu que aos dois requerentes, “foi emitida uma Autorização de Residência válida por três anos, renovável e que a mesma atribui “o direito ao reagrupamento familiar”, como o dos beneficiários do estatuto de refugiado.
Teixeira Correia
(jornalista)