Beja: Antigo empresário absolvido pelos crimes de falsificação de documentos e burlas


Tribunal absolve arguido de 7 crimes de falsificação e 7 de burla, por considerar que este já tinha sido condenado em outros três processos e que os crimes “se integravam na condenação anterior”.

BEJA- Arguido blusão castanho_800x800António Augusto Morgado (à saída do tribunal de blusão castanho), 69 anos, antigo empresário de Lisboa, que se dedicava ao comércio a retalho de peças e acessórios para automóveis, agora já reformado, foi ontem (quarta-feira) absolvido por um Colectivo de Juízes do Tribunal de Beja, da prática de 7 crimes de falsificação de documentos de forma consumada e 7 crimes de burla na forma tentada, casos que remontam a 2008.

O homem, gerente da empresa Safel, em processo de insolvência, também acusada dos mesmos crimes e também absolvida, sacou sete letras no valor de 8.800 euros, em nome de um antigo cliente, António Joaquim Gregório, residente na freguesia de S.Teotónio (Odemira), a quem falsificou a assinatura e meteu as letras em vários bancos, como se do pagamento de uma dívida se trata-se.

O Colectivo considerou que os crimes “se integravam na condenação anterior” pelos quais o individuo tinham sido condenado em três processos, a um cúmulo jurídico de cinco de prisão com pena suspensa.

O lesado, António Joaquim Gregório, que se constituiu assistente vai receber uma indemnização de 4.280 euros, por danos compensatórios do envolvimento no caso.

O homem conseguiu travar o desconto das letras nas suas contas, mas não evitou que durante três anos, quatro bancos lhe tivessem penhora a casa de habitação, a oficina e vários carros. António Gregório teve que provar em vários tribunais que a sua assinatura era falsificada, para ver levantada a penhora dos seus bens.

Em tribunal o arguido remeteu-se sempre ao silêncio.

Teixeira Correia

(jornalista)


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