Beja: BA11 acolhe meios que participam no Trident Juncture 2015. Força Aérea impediu fotógrafos de captar imagens.
Portugal está a receber desde ontem e até de 6 de novembro, o maior exercício NATO da década. A Base Aérea N.º11, em Beja, acolhe meios que participam no Trident Juncture 2015. Força Aérea (BA 11) proibe civis de fotografarem aeronaves do exercício.
Segundo a Força Aérea Portuguesa, o LIVEX do maior exercício da história recente da NATO teve início ontem, a partir de três nações hospedeiras: Portugal, Itália e Espanha. No território nacional, o Trident Juncture 2015 (TJ15) decorre nas zonas de Beja, Santa Margarida, Tróia e Setúbal, com a presença de cerca de 13 mil militares no terreno, de 14 países da Aliança.
Só na Base Aérea N.º11, em Beja, a Força Aérea Portuguesa terá destacadas seis (6) aeronaves F-16, um (1) P-3C CUP+ e um (1) EH-101 Merlin, ao lado de mais de 30 aeronaves internacionais, de nove países.
Até ao dia 06 de novembro, meios da Força Aérea, da Marinha e do Exército nacionais (perto de três mil homens) vão estar envolvidos no treino tático e na certificação de diversas unidades militares, bem como no treino dos Comandos de Componente da NATO RESPONSE FORCE 2016. O objetivo principal do exercício é demonstrar a capacidade da NATO em planear, gerar, preparar, projetar e sustentar forças e meios atribuídos.
As componentes Aérea, Terrestre, Marítima e de Operações Especiais de diversos Quartéis-generais NATO vão trabalhar de forma articulada, a partir de várias localizações, num ambiente complexo e desafiante.
Com a totalidade da estrutura de Comando da Aliança envolvida, o TJ15 reúne cerca de 36 mil pessoas (de mais de 30 países), 140 aeronaves, 60 navios e sete submarinos, distribuídos pelos três países anfitriões.
Na final do Trident Juncture 2015, o Quartel-general do Comando de Forças Conjuntas Brunssum será oficialmente certificado para liderar a NATO RESPONSE FORCE ao longo de 2016, caso seja ativada.
Força Aérea proibe civis de fotografarem aeronaves do exercício
Militares da Base Aérea nº. 11 (BA11), procuraram identificar cerca de uma dezena e meia de civis (spoters e profissionais) que ontem fotografavam as aeronaves que deslocavam e aterravam nas pistas da infraestrutura militar. O incidente ocorreu ontem pouco passava das 15.00 horas, quando os fotógrafos se encontravam fora da aérea militar, num corredor de acesso ao aeroporto de Beja. Os fotógrafos foram abordados por militares que exigiram as suas identificações, o que estes recusaram, ao mesmo tempo que fotografaram algumas das viaturas estacionadas. Posteriormente, a pedido do Comando da BA 11, a GNR e a PSP estiveram no local, quando a maior parte dos fotógrafos já tinham deixado o local, sem que antes os militares da Força Aérea, anotassem as matrículas das viaturas.
Teixeira Correia
(jornalista)
Créditos: Foto FORÇA