Beja: Central de Cervejas “senta-se” hoje duas vezes no banco dos réus.
Duas empresas distribuidoras, Carlos Romeiro, Lda e Candeias e Filho, Lda, exigem à Central de Cervejas 4,1 milhões de euros de indemnização. Hoje, “a cervejeira senta-se no banco nos réus” duas vezes.
No Tribunal de Beja começa hoje a ser julgado o processo em que a empresa Candeias & Filho Lda, com sede em Boavista dos Pinheiros, concelho de Odemira, distrito de Beja, exigem em tribunal à Sociedade Central de Cervejas e Bebidas (SCC) exige uma indemnização de 2,8 milhões de euros, por prejuízos causados ao cessar unilateralmente contratos de distribuição.
Por outro lado, no mesmo tribunal, deverá ser conhecida a decisão judicial quanto ao processo que opõe a empresa Carlos Romeiro, Lda, com sede em Vila Nova de São Bento, concelho de Serpa, onde esta, pelas mesmas razões pede uma indemnização de 1.3 milhões de euros.
As duas empresas foram distribuidores independentes oficiais exclusivos de bebidas da SCC durante 18 anos, a Carlos Romeiro, Lda. entre 1999 e abril de 2017, nos concelhos de Serpa, Moura, Barrancos e Mértola, e a Candeias & Filho, Lda. entre 1999 e março de 2017, nos concelhos de Odemira, Ourique e Almodôvar, no distrito de Beja.
A SCC informou que iria terminar os contratos com distribuidores independentes e passar a fazer a distribuição das suas bebidas diretamente, através da sua nova empresa Novadis (na foto o armazém de Beja).
A cervejeira informou a Candeias & Filho, Lda. sobre a cessão unilateral do contrato em dezembro de 2016, deu-lhe um prazo de três meses e tirou-lhe a distribuição em março de 2017, enquanto que a informação à Carlos Romeiro, Lda. sobre a cessão unilateral do contrato ocorreu em janeiro, deu-lhe um prazo de três meses e tirou-lhe a distribuição em abril de 2017.
Teixeira Correia
(jornalista)