BEJA: Chamada suspeita para o INEM pode desvendar mistério


Uma chamada telefónica, feita em meados de janeiro, a dar conta de um homem acidentado, cujo corpo não foi encontrado, pode ser a chave do crime.

BEJA- Fossa apreceu o corpo_800x800Os inspectores da Directoria de Faro da Polícia Judiciária (PJ) estão a investigar uma chamada telefónica feita para o INEM em meados de janeiro, a dar conta da existência de um homem acidentado caído na estrada, mas, cujo corpo não foi encontrado pelos bombeiros.

Segundo apurou o Lidador Notícias (LN), na tarde do passado dia 16 de janeiro foi recebido um alerta, cuja chamada foi feita a partir de um telemóvel, a dar conta de “um individuo caído na estrada junto ao Núcleo Empresarial”, a poucos metros do local onde o corpo de João Horta Ventura, 38 anos, foi descoberto na passada sexta-feira.

Após uma busca nas imediações onde “presumivelmente estaria o homem ferido”, nenhum corpo foi encontrado. Para confirmar a veracidade da chamada terão sido feitas ligações para o referido telemóvel, mas este já estava desligado. Acreditou-se que tudo não teria passado de mais uma “das muitas brincadeiras de mau gosto” que são feitas a pedir socorro.

Depois do aparecimento do corpo num colector de esgoto, as autoridades fizeram a ligação com a “chamada telefónica misteriosa”, já que do local onde o cadáver do homem estava (foto de cima), ao sítio onde “ocorreu o acidente” distam menos de 100 metros.

BEJA- Fossa onde colocaram o corpo7_800x800Tudo aponta para que o corpo de João Ventura tenha sido atirado numa outra fossa (foto de baixo), a 50/60 metros de onde foi encontrado e localizado junto à estrada, para onde terá sido removido. A posição do corpo no interior do esgoto, deixou perceber que “foi colocado num local para não mais ser encontrado” revelou fonte que esteve presente no resgate.

Numa investigação do Lidador Notícias, foi possível apurar que o individuo frequentava, numa instituição localizada no Terreiro das Peças, em Beja, um curso de formação e que em 22 de Janeiro foi dado como “desistente voluntário”, depois de várias faltas. Pura e simplesmente, João Ventura, deixou de aparecer, sem ter dado “qualquer explicação”, foi-nos confirmado.

João, antigo militar paraquedista, conhecido como o “Bósnia”, era consumidor de drogas e o LN sabe que há mais de um mês que deixou de aparecer no Centro de Atendimento de Toxicodependentes (CAT) de Beja.

Além da fractura da tíbia direita, outro importante dado tem a ver com o facto das duas argolas, que seriam de ouro, que João usava na orelha esquerda, terem sido arrancadas.

Ontem ao final da tarde eram aguardados três inspectores da Directoria de Faro da PJ para que a autopsia ao cadáver de João Ventura fosse realizada.

Teixeira Correia

(jornalista)


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