Beja: Começa hoje julgamento que opõe ex-funcionária a Centro Social Bº da Esperança.


Começa na manhã de hoje no Tribunal de Beja-Secção Trabalho o julgamento do processo que opõe a ex-funcionária à direção do Centro Social, Cultural e Recreativo do Bairro da Esperança (CSCRBE), em Beja.

Bairro da esperança_800x800O processo foi movido por Suzana Morgadinho, a funcionária da creche do Centro Social, que contesta a “licitude do despedimento” de que foi alvo no dia 17 de março, na sequência de um processo disciplinar, depois de ter sido acusada de agressão a um bebé. Inconformada com a decisão, Suzana Morgadinho recorreu para o tribunal

A funcionária da creche do CSCRBE foi acusada de ter agredido um bebé de 10 meses na creche daquela instituição, esteve suspensa e foi despedida na sequência do processo disciplinar que lhe foi movido.

Susana Morgadinho respondeu à nota de culpa enviada pela sua entidade patronal e no dia 17 de março, a funcionária recebeu uma notificação a dar conhecimento do despedimento.

Inconformada com a decisão, a antiga trabalhadora do CSCRBE interpôs uma ação no Tribunal Comarca de Beja- Secção de Trabalho, contestando o despedimento.

O processo deu entrada no dia 8 de maio, tratando-se uma ação de “impugnação judicial e Licitude do Despedimento”.

Na altura do despedimento, José Baguinho, presidente da direção do Centro Social, Cultural e Recreativo do Bairro da Esperança, disse ao Lidador Notícias que no inquérito “foi comprovado o comportamento” e que a partir daquela data “deixou de receber o vencimento”, que lhe esteve a ser pago desde a suspensão até à saída.

Recorde-se que a situação foi despoletada no final da tarde do dia 30 de Janeiro, depois da avó do bebé, ter ido buscar este à creche e lhe ter encontrado marcas de agressão na cara. Na altura, Mónica Pacheco, mãe de Martim, disse que o filho “tinha a cara vermelha e em algumas partes estava roxa”, acusando a auxiliar de ter agredido o bebé.

O CSCRBA suspendeu a funcionária acusada, abriu um processo de inquérito para apurar responsabilidades, onde foram ouvidas todas as partes e testemunhas, envolvidas no caso.

Numa entrevista exclusiva ao Jornal de Notícias (JN), passado algum tempo sobre os acontecimentos, Susana Morgadinho, desmentiu as acusações de agressão a Martim Correia Moura, que lhe foram feitas pelos pais e avó da criança.

Em resposta a perguntas feitas através de um mail, Susana respondeu pela mesma via, começando por dizer que desmentia “categoricamente todas as acusações infames que lhe têm sido imputadas”, acrescentando que estava “de consciência tranquila”, concluiu.

Na altura a auxiliar afirmou então que “responsabilizará quem a tem difamado e crucificado na praça pública”, justificando que “nunca” lhe deram “possibilidade de se defender”, rematou.

Este é um processo que certamente ainda está longe de ficar concluído, começando hoje a dirimir-se em tribunal ao justeza do despedimento da funcionária pela direção do Centro Social, Cultural e Recreativo do Bairro da Esperança.

Teixeira Correia

(jornalista)


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