BEJA: Condenação do caso de abate de porcos fica reduzida a multas.


Angel Carreira, empresário espanhol estava acusada do crime de dano, pela presumível morte de porcos do vizinho Francisco Veríssimo e saiu com uma multa, tal como a mulher.

SALVADA- Armas e munições_800x800Angel Carreira, 64 anos, e Clara Sanchez, 53 anos, um casal de agricultores espanhóis, natural de Jerez de la Frontera (Cadiz), foram condenados a uma pena de multa de 2.400 euros, cada um, pelo crime de detenção de posse de arma.

O acórdão foi lido ontem (sexta-feira) pela juíza Ana Calçada, presidente do Colectivo que julgou o caso, ilibado Angel Carreira do crime de dano qualificado, pela presumível autoria da morte de 110 porcos de raça alentejana, animais de um vizinho que invadiam as suas propriedades, em perto do lugar de Vale de Rocins, freguesia de Salvada (Beja).

Angel negou ter sido ele o autor da morte dos animais, factos assumidas pela mulher que não estava acusada do crime, pelo que o Tribunal sustentou que “não se provou quem matou os porcos”.

O casal viu ainda a juíza não aceitar o pedido de indemnização cível feita por Francisco Veríssimo, dono dos animais e autor da queixa, que pedia 37.249 euros por danos patrimoniais.

Os factos ocorreram em 2009 e em Setembro desse ano a GNR apreendeu ao casal espanhol, oito carabinas, doze espingardas, centenas de munições de diversos calibres, um arco e cerca de uma dezena de flechas.

O tribunal deu como perdidas a favor do Estado quatro armas que estavam em nome de uma terceira pessoa, enquanto que as restantes vão ser devolvidas a Angel e a Clara.

O casal não assistiu à leitura da sentença, já que o Colectivo aceitou o pedido de ausência formulado pelo casal pela morte da mãe de Clara.

O advogado de Francisco Veríssimo também não marcou presença na sessão, tendo este à saída confessado ao Lidador Notícias que vai “recorrer da sentença”, manifestando-se desiludido com a decisão judicial.

Teixeira Correia

(jornalista)


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