Criada em 1982, 30 anos depois foi decretada a falência da “Cooperativa Lar para Todos”. Os credores reclamam em tribunal mais de 5.7 milhões de euros.
Realiza-se hoje no Juízo Local Cível do Tribunal de Beja uma sessão de julgamento onde são apresentada as reclamações de créditos pela falência daquela instituição cujos credores entre créditos reconhecidos, não reconhecidos e não reclamados mas que constam na contabilidade que atingem 5.778.238,52 euros.
Entre o rol de meio milhar de credores há pessoas singulares, empresas bancos e até a Câmara Municipal de Beja(CMBeja). O maior credor é o Montepio Geral com uma dívida superior a 3,5 milhões de euros, o Santander e a empresa de construções J.Cávado são credores de mais de 600 mil euros, enquanto que a CMBeja tem a haver mais de 64 mil euros.
Segundo um documento a que o Lidador Notícias (LN) teve acesso, a apreensão de bens da cooperativa foi de 3.059.150,63 euros, referentes a prédios urbanos sitos na ligação do Bairro do Pelame à Quinta D’el Rei, direito de superfície de frações autónomas em várias artérias em Beja e prédios rústicos em Moura, tudo no valor de 3.059.150,63 euros, onde se inclui o direito de superfície do edifício sede da Cooperativa na Avenida Comandante Ramiro Correia (Beja), com o valor de 51.925,44 euros.
No dia 14 de setembro de 2018, o LN revelou que o edifício tinha sido adquirido por uma empresa, uma sociedade por quotas, com sede em Beja, que foi alvo de um projeto de remodelação, já aprovado e no seu interior vai “nascer” uma clínica desportiva, que entre outras infraestruturas, terá uma piscina e um pequeno campo relvado sintético.
Recorde-se que a insolvência da Cooperativa “Lar Para Todos”, foi decretada pelo então 1º Juízo do Tribunal Criminal de Beja, no dia 7 de agosto de 2012, através do processo 504/12.2TBBJA, que hoje é alvo de uma sessão de reclamação de créditos e apresentação do relatório final por parte do administrador de insolvência.
Teixeira Correia
(jornalista)