(Atualizada) Beja: GNR deixa furtar carrinha apreendida a caçadores furtivos.


Uma patrulha do posto de Beja da GNR, deixou furtar uma carrinha de caixa aberta que guardavam, depois de esta ter sido apreendida a caçadores furtivos, que fugiram de uma reserva e abandonaram a viatura atolada no local.

beja-monte-barranco_800x800O caso aconteceu cerca das 06,30 horas de ontem, no Monte das Parreiras, incluído na Reserva Municipal de Caça de Beja, depois dos indivíduos em fuga terem regressado ao local e levado a carrinha, apesar da patrulha Guarda se encontrar nas imediações.

Cerca das 22,30 horas de sábado, a GNR foi alertada para um número indeterminado de indivíduos que andava a caçar, de forma ilegal, na reserva.

Com a chegada dos militares, os “caçadores” colocaram-se em fuga, mas a carrinha ficou atolada na lama, abandonando-a no local e encetando a fuga apeada. No interior da viatura foi deixada uma lebre e vários cartuchos, tendo levado consigo as armas com que caçavam.

A GNR ficou nas imediações a guardar a viatura apreendida, para que com o nascer do dia esta fosse rebocada para o quartel, e a alguns metros “esperavam” que os indivíduos regressassem “ao local do crime”. Na verdade tal sucedeu.

No entanto, com a ajuda de um cabo de aço e de segunda viatura, a carrinha foi desatolada, e com uma segunda chave, os suspeitos colocaram a carrinha apreendida a trabalhar e levaram-na.

Quando os militares da GNR se aperceberam da situação, tentaram parar os fugitivos e evitar o furto da viatura, mas, ao passarem no local esta esteve atolada, o jeep da Guarda, acabou por ficar preso na lama e a perseguição inviabilizada.

Só mais tarde e com a ajuda de uma viatura do posto de Salvada, foi possível desatolar o jeep da patrulha de Beja.

Contactado pelo Lidador Notícias (LN), o major Carlos Bengala, Oficial de Relações do Comando Territorial de Beja (CTB) da GNR, confirmou a ocorrência, descrevendo que “os militares estavam numa posição a 400/ 500 metros do local onde estava a carrinha atolada, para tentarem surpreender os fugitivos, mas a acção não correu da melhor forma”, justificou.

O oficial acrescentou que “vão seguir-se inquirições ao proprietário do veículo e elaborado um auto de notícia a relatar a fatualidade verificada”, acrescentando que “como se perdeu o flagrante delito, a viatura já não será apreendida, mesmo que seja encontrada”, concluiu.

Cerca de seis dezenas de caçadores associados da Reserva andaram ontem a caçar no local e as conversas rodaram todas em torno do inusitado acontecimento. Um dos caçadores disse ao LN que “é um caso muito caricato. A menos que os guardas tivessem a dormir se percebe o furto da carrinha”, rematou.

Teixeira Correia

(jornalista)


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