Beja: Indivíduo de Odemira, julgado por sete crimes, apanha seis anos de prisão.
Um individuo de 33 anos, natural aldeia de Cavaleiro, concelho de Odemira, acusado de sete crimes, foi condenado, por um Coletivo de Juízes do Tribunal de Beja, a seis anos de prisão.
Joel Marques, em prisão preventiva na cadeia de Beja, respondia por três crimes de ameaça agravada à integridade física com recurso a arma de fogo, dois de posse de arma proibida, um de tráfico de droga e um de aquisição de moeda falsa.
Pelo delito de tráfico de droga, foi condenado a 4 anos e 9 meses, pela posse das armas, a 2 anos e 10 meses, pelas ameaças, a 2 anos e 6 meses de prisão e pela moeda falsa, a 10 meses, tendo juiz Vítor Rendeiro, fixada a pena em 6 anos de prisão efetiva.
Tudo começou na noite de 23 de março do corrente ano, quando militares da GNR receberam uma denúncia por disparos com arma de fogo, naquela localidade, acabando por deter o individuo pela posse de uma caçadeira de canos cerrados, calibre 12 milímetros, uma besta e uma placa de haxixe com 97,7 gramas, suficiente para 367 doses.
Posteriormente e na sequência de uma busca domiciliária foram ainda apreendidas duas pistolas, uma de 9 mm e outra 6,35 mm, e munições de vários calibres. Na residência, o individuo tinha 18 placas de haxixe com 1.787,75 gramas, suficientes para 6.199 doses, mais 58 de cannabis, 9 de MDMA e 28 pastilhas de ecstasy, além de duas balanças de precisão. Foram ainda confiscados 1.480 euros, que posteriormente se vieram a revelar como falsos.
O indivíduo ficou conhecido como o “arguido chorão”, já que ao longo do julgamento chorou por diversas vezes, o que mereceu repreensões dos juízes do Coletivo, tendo-se recorrido ao “não sei, não me recordo, não me lembrou”, sustentando que na data dos factos tinha “ingerido muito medronho e estava alcoolizado”, o que não mereceu grande crédito para os magistrados.
Teixeira Correia
(jornalista)