Beja: Investigado suicídio de militar “bullying” homofóbico na Base Aérea 11.


O Ministério Público está a investigar um alegado caso de “bullying” homofóbico sobre um militar, de 23 anos, que se suicidou em março deste ano no alojamento da Base Aérea de Beja. Noticiou o Jornal de Notícias (JN), na sua edição online.

BEJA- BA11_800x800“Confirma-se a existência de um inquérito. O mesmo corre termos no Ministério Público da Comarca de Beja”, adiantou a Procuradoria-Geral da República, de acordo com a revelação do JN, citando uma resposta escrita enviada, na quarta-feira, à agência Lusa.

Ricardo Lopes foi encontrado morto a 5 de março e, na altura, alguns órgãos de comunicação social noticiaram que teria sido vítima de “bullying”, por ser homossexual”, e alvo de gozo no seio militar, razões que o levaram, alegadamente, a suicidar-se por ter atingido o seu limite nessa noite, durante uma festa do clube de praças, quando a pressão psicológica terá sido levada “ao extremo”.

Ricardo Lopes_800x800Na mesma ocasião, fontes militares adiantaram à Lusa, citada pelo JN, que Ricardo Lopes pertencia à Base Aérea n.º 6, no Montijo, mas foi destacado para a Base Aérea n.º 11, em Beja, para reforçar o efetivo daquela unidade, devido à realização de um exercício militar, acrescentando que o caso já estava a ser investigado pela Polícia Judiciária Militar (PJM).

Questionado sobre o ponto de situação da investigação da PJM, o Ministério da Defesa Nacional (MDN) – de quem depende hierarquicamente a PJM -, explicou que o “juiz de instrução exarou neste inquérito o despacho de “em segredo de justiça”.

“Nesse sentido não faremos qualquer comentário a propósito”, justificou o MDN, numa resposta escrita enviada à agência noticiosa de Portugal. O militar, natural de Vila Chã, concelho do Barreiro, encontrava-se ao serviço da Força Aérea Portuguesa desde dezembro de 2012.


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