Beja: Mapa dos campos de milho transgénico publicado na internet.


A localização dos campos onde se cultiva milho transgénico em Portugal está disponível desde ontem na internet. A Plataforma Transgénicos Fora disponibilizou ontem o mapa com a identificação e a localização dos campos de milho transgénico que cultivaram em Portugal.

MAPA Milho trans_800x800No mapa agora divulgado é possível consultar, para os anos de 2013 e 2014, os nomes, moradas e áreas das explorações agrícolas que adotaram o milho transgénico.

No distrito de Beja, em 2013, existiam 45 produtores em 7 dos 14 concelhos, tendo sido cultivados 1.422,49 hectares. Em 2014, verificou um aumento em todos os items. Foram registados 54 produtores, em 9 concelhos, tendo a área de produção sido de 1.558,93 hectares.

Ferreira do Alentejo, pela sua apetência para o regadio, é o concelho onde nos dois anos se registou o maior número de produtores e de área cultivada, se bem que no ano passado se tenha registado uma redução nos dois capítulos.

Em 2013, existiam 16 explorações com um total de 627,15 hectares, enquanto no passado houve o registo de 14 produtores, num total de 569,59 hectares.

Consulte aqui os mapas: http://www.stopogm.net/cultivos

De acordo com a Plataforma Transgénicos Fora acredita que, com a publicação do mapa, os portugueses vão descobrir “os vizinhos que não sabiam que tinha à porta e pressionar o governo no sentido da proibição total do cultivo deste milho transgénico”.

Entretanto a Quercus lembra que, em termos ambientais, já foram encontrados impactos negativos em espécies que não são alvo do ecossistema agrícola.

A divulgação desta informação é importante, segunda a associação ambientalista, também para os agricultores e apicultores, sobretudo em produção biológica, que assim podem saber o que se passa em redor dos seus terrenos.

A Quercus lamenta que Portugal continue a votar a favor dos pedidos de introdução de novos transgénicos. Desde o início de março, Portugal pode proibir unilateralmente o cultivo de transgénicos no continente, lembrando que a Madeira e os Açores já se declararam zonas livres.

Teixeira Correia

(jornalista)


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