Beja: Ministério Público pede condenação de advogado pelo crime de desobediência.
Hugo Machado, advogado com escritório em Beja, arrisca ser condenado a pena de multa e a inibição de conduzir, se o Juiz seguir o pedido da Procuradora do Ministério Público. O causídico está acudado do crime de desobediência, depois de ter sido apanhado numa operação, a conduzir sobre o efeito do alcóol, pela GNR.
A Procuradora do Ministério Público (MP) do Tribunal de Beja, pediu ontem (4ª feira) a condenação de Hugo Machado, advogado com escritório em Beja, acusado do crime de desobediência, por se ter recusado a tirar sangue, depois de ter efetuado um teste de alcoolemia.
A magistrada pediu que o causídico foi condenado a “uma multa e a pena de inibição de conduzir,”, sugerindo que o juiz que as mesmas fossem “nos limites médios das condenações”, concluiu.
A Procuradora disse que Hugo Machado teve “um comportamento mais censurável do que o cidadão comum”, lembrando a sua “formação jurídica”, rematou.
Por seu turno o advogado de defesa sustentou que “o que é justo é o arguido ser absolvido”, sustentando que o que aconteceu foi “uma precipitação dos militares da GNR por o condutor ser advogado”, disse.
Em defesa de Hugo Machado, o seu patrono lembrou que o arguido foi “legalista” ao revelar a sua profissão e acusou os militares da Guarda de pensaram em que “vamos apanhar um advogado”, rematou.
Depois das alegações finais do MP e do advogado de defesa, Hugo Machado usou da palavra e disse que estava “absolutamente inocente do que crime de que estou acusado. A minha profissão prejudicou-me”, defendeu.
O arguido foi “apanhado” numa operação da GNR na madrugada de 3 de Maio, na Estrada Nacional 18, à saída de Beja, e de acordo com a acusação “depois de numa fase inicial se ter submetido ao teste de alcoolémia que deu “amostra contaminada”, se recusou a tirar sangue no hospital da cidade”. A leitura da sentença está agendada para a próxima semana.
Teixeira Correia
(jornalista)
