Beja: Mortes de idosas em assaltos em Baleizão fora da acusação.
Duas idosas apareceram mortas em Baleizão, depois de assaltos às suas residências, as autopsias “dizem” que faleceram da causas naturais e ficaram fora da acusação. Pedro Horta e Filipe Ramires, começam hoje a ser julgados por seis roubos em solitário ou co-autoria.
A morte de duas idosas ocorridas em dezembro de 2013 e agosto e 2014, em Baleizão, concelho de Beja, encontradas sem vida após o assalto às suas residências, ficaram fora da acusação a Pedro Horta, 27 anos e de Filipe Carvalho, 24 anos, indivíduos residentes aquela aldeia, que começam hoje (terça-feira) a ser julgados no Tribunal de Beja.
A autopsia aos cadáveres de Mariana Cascalheira e de Maria Júlia, ambas com 82 anos, apuraram que as mortes terão ocorrido em resultado de causas naturais, não como causa/ efeito dos assaltos de que os dois arguidos estão acusados. Num outro assalto, a António Manuel, conhecido por “Popa”, 74 anos, este resistiu aos assaltantes, foi agredido na face e nos membros superiores.
Em prisão preventiva desde 13 de agosto do ano passado, Pedro está acusado, de ter praticado em autoria singular, um crime de furto qualificado e três crimes de roubo qualificado e em co-autoria de um crime de roubo qualificado e um crime de roubo. Por seu turno, Filipe, que está em liberdade responde, em autoria singular, por três crimes de recetação e em co-autoria por um crime de roubo qualificado e um crime de roubo.
Desempregado e “agarrado” à droga, Pedro Horta começou a controlar os movimentos e hábitos de idosos, que previamente selecionava para entrar nas suas residências e os roubar. Os investigadores sustentam que Filipe Carvalho, que estava na mesma situação laboral e de dependência, foi desafiado por Pedro para colaborar em alguns dos assaltos, o que veio a suceder. O método utilizado pelos dois indivíduos era sempre o mesmo, transpunham os muros dos quintas das habitações para se introduzirem nas mesmas.
Além do dinheiro que roubaram aos idosos, objetivos em ouro, como brincos e pulseiras, que depois vendiam, furtaram um cartão multibanco, que não conseguiram utilizar, porque a vítima deu o código incorreto.
No primeiro assalto, Pedro Horta furtou à vítima, cinco mil euros, resultantes da venda de gaz, que esta escondia numa caixa metálica debaixo da cama. Nos restantes crimes, os arguidos furtaram bens ou quantias, no valor aproximado de 1.200 euros.
No dia em que lhe foi decretada a prisão preventiva, a população de Baleizão, esteve junto à porta do Tribunal de Beja e tentou agredir o individuo, valendo as fortes medida de segurança da GNR e PSP.
Teixeira Correia
(Jornalista)
