Beja: Sargento da GNR absolvido dos crimes de tráfico de droga e falsificação de documentos.
Um sargento do Comando Territorial de Beja (CTBeja) da GNR foi ontem absolvido, pelo Tribunal de Cuba, dos crimes de tráfico de estupefacientes de menor gravidade e falsificação de documentos.
O caso remontava a abril de 2011, quando o graduado enquanto chefe do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) do CTBeja, era acusado de ter ficado com uma placa de haxixe com 97,4 gramas, que tinha apreendido a um presumível traficante de Cuba, e de ter feito o expediente da apreensão 25 dias após a ocorrência dos factos.
Durante a leitura da sentença, o juiz justificou a absolvição do arguido com “as muitas contradições nos depoimentos e que o tribunal não ficou convencido” pelo que não foi possível concluir que “houve falsidade nos factos”, justificou.
“Não é condenado porque não me convenci de que as coisas se passaram como foram contadas. A sua versão tem aspetos que não estão certos”, concretizou.
Ao arguido, o magistrado lembrou que “nunca foi visto como um traficante, mas como um investigador que não fez tudo certo”, concluiu.
Dizendo-se “perturbado e triste” com o julgado deste processo, o juiz justificou que é uma situação “triste para todos. GNR, Comando para si e para os acusadores. A imagem da GNR ficou manchada”, rematou.
Carlos Melo Abreu, o advogado do arguido, mostrou-se “satisfeito com a decisão”, justificando que vai falar com o cliente e “ponderar” a apresentação de um processo cível contra os acusadores, para repor “perdas e danos” do absolvido.
Teixeira Correia
(jornalista)