Beja: Secretário de Estado desvaloriza criticas da Liga de Bombeiros.
Diretiva Financeira  2017, documento que rege em termos monetários o DECIF, divide Secretário de Estado e Liga Portuguesa de Bombeiros. Em Beja, na apresentação do Plano de Operações Distrital, Jorge Gomes diz que quem aprova o documento “sou eu” e admitiu que a Liga “não o leu”.

A DF2017, documento que rege em termos monetários o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF), foi enviado à LPB no dia 10 de Maio e no dia seguinte foi aprovada pelo presidente da ANPC e homologada por Jorge Gomes. O secretário de Estado que falava em Beja aos jornalistas, à margem da apresentação do Plano de Operações Distrital, justificou que “admito que a Liga não tenha lido o documento. Quem aprova a Diretiva sou eu e não o seu presidente, pelo menos ainda”, rematou.
Jorge Gomes reforçou a sua autoridade ao dizer que os presidentes das Federações de Bombeiros lhe comunicaram que “finalmente há uma diretiva que olha pelos bombeiros. A Liga não vê isso. Alguém não está a olhar pelos bombeiros”, concluiu. Questionado se não teme um boicote dos Comandos das corporações em atuar fora dos seus distritos Jorge Gomes, foi direto: “atuarão como bem entendam, não são profissionais, são amadores. Interpretaremos como tal”.

Jorge Gomes revelou que nos próximos dias as corporações vão começar a receber um “kit de alimentação” para as primeiras 24 horas quando combatem os incêndios. A finalizar o governante considerou como “um momento histórico e um passo de gigante do paÃs”, com a chegada ao sistema de Proteção Civil dos “presidentes da junta de freguesia e das forças armadas”.
Apresentação do DECIF
Manuel Oliveira (vereador da Câmara de Beja): “Deixo o reconhecimento aos homens e mulheres que compõem as corporações de bombeiros do distrito. Os municÃpios tudo têm feito para dar condições à s suas corporações. Que a fase em que entramos seja de prontidão”.
Tenente-coronel VÃtor Cabrita (Comandante Distrital de Operações de Socorro): “Há três grandes vectores de intervenção: Prevenção estrutural, prevenção operacional e combate. Durante a Fase Bravo, em maio, o distrito haverá 198 operacionais e 62 viaturas, em junho, 236 operacionais e 71 viaturas, reforçada na Fase Charlie (julho a setembro) haverá 271 operacionais, 76 viaturas e 1 helicóptero. Os objectivos operacionais passam por ter: ZERO MORTOS”.
Jorge Gomes (secretário de Estado da Administração Interna): Não há incêndios grandes, se houver um ataque quando são pequenos. Atacar à nascença é o objectivo.Não queremos o Exército a combater incêndios, a formação dada visa o rescaldo para poupar os bombeiros. Estamos perante um ano complicado, extraordinariamente seco e com muita matéria combustÃvel. Até a esta data há mais ignições, mais área ardida e mais reacendimentos”.
Teixeira Correia
(jornalista)