Beja: Sindicato Trabalhadores de Arqueologia revela denuncia atrasos de salários..

De acordo com um comunicado do STARQ e perante a denúncia de novas situações de atrasos de salários e de atropelos aos direitos dos trabalhadores do sector na região de Beja,  realiza amanhã às 21.00 horas, na Bedeteca, em Beja, uma sessão-debate, que terá como tema “Arqueologia: A precariedade não é a saída. Direito à contratação, tabelas salariais e carreiras”. A sessão contará com a presença de membros da direcção do Sindicato dos Trabalhadores da Arqueologia.

Segundo o STARQ “há muito se vem falando” no sector da Arqueologia da possibilidade de estabelecer tabelas salariais, numa realidade em que “a fixação de tabelas salariais para trabalhadores a recibos verdes é ilegal”. O sindicato sustenta que “a situação de muitos trabalhadores é dramática: horários desregulados, baixos salários, salários em atraso, más condições de trabalho”, justifica.

A forma de superar esta dificuldade passa obrigatoriamente pela luta contra os falsos recibos verdes e em defesa de contratos de trabalho. Não será possível dignificar a situação dos trabalhadores de Arqueologia sem fazer uma luta séria, coerente e a longo prazo pelo fim dos vínculos precários. Aos que dizem que os contratos de trabalho são inexequíveis em Arqueologia, é preciso dizer com todas as letras que isso não é verdade. É possível e é um direito!

O STARQ defende que o futuro do sector “está na realização de um Contrato Colectivo de Trabalho (CCT). É com este objectivo que o STARQ tem vindo a reunir dados e a estruturar uma base de discussão que fundamente o avanço para esta solução desde o início de 2015”. Para o sindicato “é necessário iniciar a discussão” em torno das carreiras na Arqueologia, estudar os dados existentes, pesquisar caminhos legais e encetar o diálogo com aqueles que são os nossos verdadeiros interlocutores, daí a realização da sessão.debate amanhã em Beja.

Teixeira Correia

(jornalista)