Beja: Uma criança ficou trancada uma hora no carro.
Uma menina de dois anos, esteve trancada dentro do carro da mãe, mais de um hora, depois da progenitora ter deixado as chaves no interior da viatura.
O caso aconteceu ontem, cerca das 9 horas, na Rua Sousa Porto, perto do “Bairro da Polícia”, em Beja. A mulher, funcionária de um centro de saúde de Beja, terá recusado qualquer ajuda para abrir o veículo e resgatar a filha com receio de lhe riscarem o carro.
Polícias e populares disponibilizaram-se para ajudarem a resolver o problema, mas a mãe da criança terá recusado sempre o auxílio, para a abertura do automóvel, argumentado que no fim-de-semana tinha de viajar para o Porto e que não o queria fazer com o carro danificado.
Um funcionário de uma oficina de “bate-chapas” também esteve junto da viatura, mas a mulher, apurou o Lidador Notícias (LN), não aceitou a ajuda.
Para abrir a porta “em segurança”, e segundo vários moradores, a mulher telefonou ao marido, que trabalha em Grândola, a cerca de 70 quilómetros de Beja, e que na melhor das hipóteses poderia demorar uma hora de viagem, para abrir a viatura com uma segunda chave.
Com vizinhos e polícias ao lado, e de acordo com várias testemunhas que presenciaram a situação, a mãe pedia aos gritos à filha para “carregar nos botões e abrir a porta”. Uma hora depois, e após várias tentativas, e sem perceber como, a menina conseguiu abrir o carro, saltando para os braços da mãe.
Contactada pelo LN, fonte da PSP de Beja referiu que os agentes de limitaram a “prestar assistência” uma vez que a criança não corria perigo de vida.
Teixeira Correia
(jornalista)
Direito de resposta
De Anabela Barradas, via mail, recebemos o seguinte pedido de esclarecimento:
Na sequência da notícia publicada no vosso jornal com o título: Beja: Uma criança ficou trancada uma hora no carro, gostaria de solicitar um pedido de reposição da verdade dos factos.
Muito me estranha que o vosso jornal não tenha tentado o contacto com os envolvidos na notícia, uma vez que assim poderiam informar com clareza e sem especulações os vossos leitores sobre o ocorrido.
Ao ler a notícia verifico que foram tecidos comentários que levam a deduzir uma total falta de sentido de responsabilidade da minha pessoa, o que me parece de todo abusivo.
Em primeiro lugar gostaria de prestar o meu agradecimento ao Agentes da PSP que se deslocaram ao local, os quais foram incansáveis no apoio que me deram na resolução desta situação, transmitindo com toda a calma o ponto de situação e a eventualidade da necessidade medidas adicionais caso se justifica-se, o que não veio a ocorrer.
Em tempo algum a minha filha esteve exposta a algum tipo de risco, como foi aliás afirmado pela PSP, pois se assim fosse jamais seria ponderado o arrombamento da viatura.
É afirmado na notícia que me teria oposto às diversas tentativas de auxílio por parte da Polícia e populares o que não corresponde à verdade. Foi tentada a abertura das portas sem sucesso, tendo inclusive ficado a viatura danificada, por pessoas no local, ao mesmo tempo que se procurava que a minha filha abrisse as portas uma vez que já se encontrava fora da cadeira.
Aproveito também para esclarecer que a idade da criança não são dois mas sim três anos, embora isso seja de todo irrelevante para os factos e que o contacto com o meu marido só ocorreu perto das 9:30, sendo que o mesmo não se encontrava em Grândola mas sim perto de Ferreira do Alentejo.