Beja: Vinte anos de prisão para rede que metia droga na prisão da cidade.
Foram condenados a vinte anos de prisão os cinco homens que compunham uma rede de traficantes que desde Évora introduziam a droga no Estabelecimento Prisional de Beja.
O grupo foi formado no exterior pelos Catrapona, José (em primeiro plano na foto), o pai para meter a droga na cadeia, onde o seu filho Fábio, que se encontrava detido, e que controlava a venda no interior da prisão, junto de outros reclusos.
O pai foi condenado a 6 anos e 6 meses e o filho a 6 anos de prisão, apontados como os “cérebros do esquema” de tráfico de droga agravado.
O “fornecedor” da droga, Carlos Milho (de branco encoberto na foto), foi condenado a 4 anos e 4 meses pelo crime de tráfico e a 1 ano e 2 meses pelo crime de posse de uma arma de fogo, com dois canos, de calibre 6,35 mm, dissimulada como porta-chaves.
Em cúmulo jurídico o indivíduo foi condenado a 5 anos de prisão, com pena suspensa pelo mesmo período, em regime de prova, o que lhe valeu deixar a cadeia de Beja, onde estava em prisão preventiva.
Outro dos detidos, Luís Tonaco, que numa das saídas precárias foi apanhado a tentar introduzir sete bolotas de haxixe no regresso à prisão, foi condenado a 5 anos e 6 meses.
António Marques, o único dos cinco que se encontrava em liberdade, foi condenado a 2 anos e 6 meses de prisão, suspensa pelo mesmo período e vai continuar em liberdade.
Uma mulher que fazia parte do grupo foi ilibada dos crimes de tráfico, não tendo sequer assistido à leitura da sentença.
A droga e uma arma apreendidas, foram consideradas perdidas a favor do Estado, enquanto 2 automóveis ligeiros de passageiros e 4 telemóveis foram devolvidos aos proprietários.
Teixeira Correia
(jornalista)