Castelo de Vide: Derivados do borrego reis na “Sintra do Alentejo”.
Castelo de Vide, a “Sintra do Alentejo”, como há muito foi baptizada, recebe os muitos visitantes nestes dias de Páscoa, com uma vasta oferta de pratos de borrego.
É durante a quadra Pascal que a terra que viu nascer Salgueiro Maia, o símbolo do 25 de abril, que a vila trás para a mesa a fusão de diferentes experiências culturais condimentadas com rituais judaico-cristãos.
Ciente da importância que a gastronomia e a época têm para a economia local a Câmara de Castelo de Vide, promove uma quinzena dedica da ao borrego e seus derivados, que atinge o ponto alto nos dias da Páscoa.
Sarapatel, molhinhos e cachafrito, são pratos locais que oferecem um conjunto de paladares de excepção e de pratos genuínos que mantém os segredos ancestrais, onde o sarapatel é o rei.
Feito das “fressuras” (fígado, pulmões e coração) do borrego e do cabrito, que depois de prontos se servem com finas fatias de pão duro alentejano e o forte arama do hortelã.
António Pita, presidente da Câmara Municipal de Castelo de Vide, refere que a confecção destes pratos significa a “partilha de segredos e valoriza a tradição, sentando à mesa fortes sabores e saberes domésticos”, justificou.
Mas além da degustação do borrego e do cabrito, Castelo de Vide celebra neste domingo a Ressurreição e o ponto alto é a procissão dos estandartes. A bandeira do município congrega as forças vivas do concelho e a ela se juntam os estandartes das corporações, dos ofícios, das colectividades e demais organizações, que nela “desfraldam a história do património intangível que simbolizam”, justifica o autarca.
Teixeira Correia
(Jornalista)