Especialistas alertam para subida de indicadores de risco e defendem medidas locais como o reforço dos testes e rastreios nesses municípios. Moura e Odemira estão nesse grupo.
Oito concelhos não deviam avançar hoje para a segunda fase de desconfinamento, devido à subida do índice de transmissibilidade (Rt) e por terem elevadas taxas de incidência ajustada à população, defendem ao Jornal de Notícias (JN) o matemático Óscar Felgueiras e a pneumologista Raquel Duarte.
“Se fossem seguidos os critérios do plano” frisou Óscar Felgueiras, que apontou oito concelhos, entre os quais Moura e Odemira, como sendo os de maior risco que, na avaliação de quinta-feira não deveriam avançar para a segunda fase.
O primeiro-ministro revelou que há dezanove concelhos com uma taxa de incidência acima de 130 casos por 100 mil habitantes, onde para além dos indicados está também o de Beja, nos oito de maior risco, deviam ser aplicadas medidas locais “cirúrgicas”, como mais testes e rastreios para se interromperem as cadeias de transmissão e se “evitar a contaminação dos concelhos vizinhos”, sublinhou Raquel Duarte.
Recorde-se que António Costa apontou 13 concelhos com taxas de incidência acima dos 120 casos, onde se encontra Beja e seis com uma taxa de mais de 240 casos por 100 mil habitantes, que inclui Moura e Odemira que, se mantiverem os valores daqui a duas semanas, travam o desconfinamento e o dos concelhos limítrofes.
Teixeira correia
(jornalista)