Alentejano, natural de Ervidel, concelho de Aljustrel, foi nomeado presidente da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP), substituindo no cargo Ana Jorge.
O antigo líder da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), foi nomeado pelo Governo para presidente da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP), na sequência da proposta do conselho supremo da instituição.
Um despacho do primeiro-ministro, António Costa, e do secretário de Estado da Defesa, Marco Capitão Ferreira, publicado esta segunda-feira, refere que o percurso profissional, académico e associativo de António Saraiva “evidencia a competência técnica, aptidão e experiência profissional adequadas” para as funções, assim como o “respeito pela defesa dos princípios do humanismo, da isenção e da neutralidade que são valores primordiais” da CVP.
Em 23 de maio, o conselho supremo da CVP deliberou, por consenso, propor ao Governo a nomeação de António Saraiva para presidente da instituição, um processo que, no âmbito dos seus estatutos, fica agora concluído com o despacho publicado em Diário da República.
O antigo presidente da CIP sucede à médica e antiga ministra Ana Jorge, que recentemente assumiu o cargo de provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Desde a saída de Ana Jorge e até à tomada de posse de António Saraiva, a CVP tem sido presidida interinamente pelo vice-presidente Agostinho Pereira de Miranda.
António Saraiva nasceu em Novembro de 1953, em Ervidel, concelho de Aljustrel, completou o curso da Escola Industrial e iniciou a sua carreira na Lisnave, onde chegou a pertencer à Comissão de Trabalhadores.
Cruz Vermelha gastou mais de 1,5 milhões de euros em instalações inacabadas e abandonadas.
Com a entrada de António Saraiva para a Direção da CV, espera-se que seja o presidente que finalmente dê explicações sobre o arrendamento e reabilitação do edifício da “Antiga Cantina da REFER”, em Beja, que sempre foram negados por Francisco George e Ana Jorge.
A Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) assinou em um contrato com as Infraestruturas de Portugal (IP) mas instalações continuam inacabadas e mais do que ao abandono, estão a ser ocupadas por pessoas sem local para dormir ou mesmo trabalhadores estrangeiros desempregados e sem teto.
O acordo, válido por 20 anos e renovável por outros tantos anos, foi celebrado em 28 de novembro de 2012, pela mão de Luís Barbosa, o então presidente da CVP, para ali instalar a Casa de Repouso e o Serviço de Apoio Domiciliário, que estão acomodadas em duas casas senhoriais localizadas no Centro Histórico de Beja, mas sem condições para as funções que desempenham.
A instituição paga desde essa data 8.500 euros de renda mensal, tendo já gasto 1.079.500 euros. Para dar início às obras foi contraído um empréstimo bancário de 500.000 euros, estando a CVP a pagar uma verba mensal de amortização.
Foto: CIP