Cabeça Gorda: Uma granada de mão defensiva e um Dilagrama encontrados junto à ETAR.
A GNR acionou a Equipa de Inativação de Engenhos Explosivos (EIEE), sedeada no Comando Territorial de Évora, para a inativação de um engenho explosivo que fora atirado para a saída da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Cabeça Gorda.
O caso aconteceu ontem, tendo o alerta sido dado cerca das 12.00 horas através do posto da GNR de Salvada, para a existência de um artefacto explosivo no riacho de saída da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Cabeça Gorda, localizada na Estrada Municipal que liga esta localidade a Salvada, e gerida pela empresa Águas Públicas do Alentejo (AgdA). A Empresa Municipal de Água e Saneamento (EMAS) de Beja soube do caso através do Lidador Notícias (LN).
A Equipa de Inativação de Engenhos Explosivos (EIEE), sedeada no Comando Territorial de Évora, chegou ao local depois das 18.00 horas, tendo comprovado a existência de um engenho explosivo.
Segundo apurou o Lidador Notícias tratava-se de uma granada de mão defensiva, acoplada a um Dilagrama m/65, um dispositivo de lançamento de granadas de mão que se adapta às espingardas automáticas G3. (O dilagrama basicamente consiste num suporte de granada que se adapta ao cano da G3. Através do uso de uma munição especial, o Dilagrama é disparado conjuntamente com a granada, desarmando-a nesse momento. O dilagrama foi desenvolvido para o Exército Português na década de 1960, para uso na Guerra do Ultramar. Nessa guerra, normalmente cada Grupo de Combate dispunha de dois militares equipados com esse dispositivo).
O LN sabe que a história começou quando há alguns meses, um indivíduo já identificado pela GNR, encontrou o artefacto na margem direita do rio Guadiana, tendo-o transportado consigo para Cabeça Gorda. Posteriormente entregou-o a um amigo, que assegurou desfazer-se em segurança do mesmo. Em “conversa de café” o individuo que achou o artefacto questionou o amigo sobre o destino dado ao mesmo, tendo este dito que fora atirado para junto da ETAR, o que levou a que o caso fosse denunciado à Guarda.
Militares do posto de Salvada e do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) do Destacamento de Beja da GNR e da empresa de segurança que presta serviço para a AgdA, compareceram no local, tendo sido posteriormente solicitada a presença de uma equipa dos Bombeiros Voluntários de Beja, para retirar a água existente no riacho a fim de comprovar se o artefacto se encontrava no sitio descrito pelo denunciante.
Cerca das 16.00 horas e depois da confirmação da existência do engenho, foi ativada a Equipa de Inativação de Engenhos Explosivos (EIEE), sedeada no Comando Territorial de Évora, que teve que percorrer mais de 100 kms entre as duas localidades, quando a PSP tem no aeroporto de Beja uma equipa de explosivos (leia aqui notícia sobre o assunto: https://lidadornoticias.pt/exclusivo-beja-granada-encontrada-abandonada-em-quintal-no-centro-historico/).
Questionado sobre o fato, o Capitão Alves de Sousa, Oficial de Relações Públicas do Comando Territorial de Beja da GNR, referiu que se trata de “procedimentos internos que têm que ser cumpridos”, justificou.
O Lidador Notícias sabe que a operação terminou depois das 19.30 horas e a granada de mão defensiva e o Dilagrama m/65 estavam desativados e foram transportados pela EIEE para Évora a fim de serem analisados.
Teixeira Correia
(jornalista)
Nota de Redação: Por respeito para com a instituição foi retirada a nota de redação.