Fª do Alentejo: Dois indivíduos cometeram furtos nas Picanheiras, superiores a 20.000 euros.
Vieram de Lisboa com um objetivo “limpar o Complexo das Picanheiras”, num curto espaço de tempo furtaram de tudo, desde portas a torneiras no valor de 20.550 euros. Estão a ser julgados em Beja.
Dois indivíduos, de 34 e 48 anos, residentes em Lisboa, começaram a ser julgados no Tribunal de Beja, por terem praticado em co-autoria dois crimes de furto qualificado, e o mais velho ainda do condução de veículo a motor sem habilitação legal.
Entre 12 e 15 de outubro de 2018, Ricardo Pegas e João Rio, introduziram-se no interior do Hotel das Picanheiras, em Ferreira do Alentejo, que está em reconstrução no interior, de onde furtaram portas e janelas de alumínio, candeeiros, diversas ferramentas, propriedade da sociedade Parcela Flexível-Unipessoal, Lda, no valor de 12.550 euros.
Numa segunda ocasião, entre 19 e 21 de outubro de 2018, os dois arguidos voltaram ao local de onde furtaram mais portas e janelas de alumínio, esquentadores, torneiras e diversas ferramentas, no valor de 8.000 euros.
Os dois indivíduos viriam a ser detidos pela GNR na Herdade do Marmelo, em Figueira de Cavaleiros, onde a carrinha, onde transportavam o material furtado, fico atolado na lama.
Ricardo Pegas, tem no registo criminal diversas condenações passadas a penas de prisão, a última das quais que terminou de cumprir em 20 de setembro, ou seja menos de um mês depois de ter voltado a cometer atos criminosos. No despacho de acusação do Ministério Público de Ferreira do Alentejo, o Procurador justifica que “os únicos momentos em que o arguido não pratica crimes são quando se encontra recluso”.
Os dois arguidos foram sujeitos a diversas medidas de coação que entretanto foram extintas, mantendo-se Ricardo Pegas com a obrigatoriedade de se apresentar às autoridades, com a frequência bi-diária e João Rio, com a frequência diária.
Complexo das Picanheiras fechado e depois encerrado compulsivamente
No dia 5 de dezembro de 2015, uma operação conjunta da GNR, ASAE, AT e ACT, levou à fiscalização do Complexo das Picanheiras onde estavam instalados 119 pessoas, todos estrangeiros, romenos, indianos e paquistaneses. A unidade foi notificada para encerrar.
A decisão foi tomada na sequência de uma operação desencadeada pela Guarda Nacional Republicana e por ordem do delegado de saúde daquela localidade, na presença da ASAE.
No interior do edifício, que tem cerca de quatro dezenas de quartos, estavam 119 pessoas, 7 dos quais crianças, todos estrangeiros, romenos, indianos e paquistaneses, que se dedicam à apanha da azeitona em explorações localizadas no concelho de Ferreira do Alentejo.
Dois meses depois, a 18 de fevereiro de 2016, o chamado Complexo Turístico das Picanheiras, foi fechado compulsivamente pela ASAE e Delegado de Saúde, com a presença de meia sentença de militares da GNR, por falta de condições sanitárias e de segurança.
Dois inspetores da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), o Delegado de Saúde de Ferreira do Alentejo e o comandante dos Bombeiros Voluntários, acompanhados de cerca de meia centena de militares do Comando Territorial de Beja encerram ontem (quarta-feira) compulsivamente o antigo Complexo Turístico das Picanheiras, Pensão-Residencial de 3ª categoria, por fata de condições de sanitárias e de segurança.
A proprietária, uma advogada, que tinha herdado a unidade do seu pai, foi constituída arguida, por ter desobedecido à ordem de encerramento e execução de obras, dado pelas autoridades no passado dia 5 de dezembro.
Inaugurado em 1983, o Complexo das Picanheiras, apresentava-se na era como um dos espaços hoteleiros inovadores, com piscina, que nunca foi concluída.
Teixeira Correia
(jornalista)