Ferreira do Alentejo: GNR recuperou as 20 toneladas de azeitona.


A GNR recuperou no sábado as 20 toneladas de azeitona,  furtadas na sexta-feira e avaliadas em 11 mil euros. Os larápios despejaram a azeitona noutra herdade, mas não apareceram para a recuperar.

Militares do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) da GNR do Destacamento de Aljustrel, procederam no sábado, à apreensão de 20 toneladas de azeitona furtadas durante a madrugada do dia de sexta-feira no monte do Corveiro, no concelho de Ferreira do Alentejo.

A azeitona estavam acondicionada em três reboques atrelados aos tratores, na Herdade do Vale D’Água, localizado a cerca de 1,5 quilómetros do Curveiro, e pronta para ser carregada para um lagar, tendo segundo o Comando Territorial (CT) de Beja da GNR “os meliantes utilizando os respetivos veículos para o furto”.

Os tratores iam ser deslocados na manhã de ontem para o Curveiro, onde existe um tapete rolante para fazer o transbordo da azeitona, máquina que os ladrões utilizaram.

Os autores do furto conseguiram esvaziar dois dos reboques que foram abandonados junto ao monte e um terceiro acabou por ficar atolado na lama e a carga intacta no seu interior, apesar de terem utilizado um trator para servir de reboque, os ladrões não o conseguiram desbloquear.

Desde o primeiro momento que a GNR desconfiou da situação, considera que era “um furto muito estranho”, acrescentando que quem o praticou “sabia muito bem ao que ia”, justificou fonte da investigação.

As diligências dos militares do NIC e uma informação de populares levaram as autoridades a encontrar e a recuperar a azeitona na Herdade do Pardieiro, também no concelho de Ferreira do Alentejo, a cerca de 10 quilómetros do local onde fora furtada.

Para dar a aparência que pertencia aquela propriedade a azeitona foi despejada no chão, tendo primeiro sido encontradas 5 toneladas e a cerca de 1 quilómetros, mas dentro da mesmo exploração, estavam as restantes 15 toneladas.

As suspeitas que os investigadores da GNR tinham sobre o furto “o golpe tinha sido preparado ao pormenor”, e quem o tinha praticado ou estado por detrás do mesmo, viriam a confirmaram-se, já que o proprietário das Herdades do Vale D’Água e do Pardieiro é o mesmo, um empresário espanhol. Alguém no seio das explorações conhecia todos os detalhes para levar a cabo o furto. Quem foi, é o que as autoridades estão a investigar.

A GNR montou uma estratégia para deter os autores do furto, mas estes não apareceram para a recuperar, tendo as autoridades decido pela sua apreensão e entrega ao legitimo proprietário.

Aquele que tinha sido um dos maiores furtos da última década no distrito de Beja, tornou-se também na maior apreensão. Ao preço de mercado, as 20 toneladas de azeitona valem 11 mil euros.

Ouvido pelo JN, José Alho, presidente da Associação Sócio-Profissional Independente da Guarda (ASPIG), congratulou-se com o “excelente trabalhos dos profissionais da guarda”, acrescentando que “apesar de todos os constrangimentos que lhes são impostos, são profissionais muito dignos e íntegros”, concluiu.

Teixeira Correia

(jornalista)


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