Ferreira do Alentejo: Unidade hoteleira fechada por falta de condições sanitárias e de segurança.


Operação conjunta da GNR, ASAE, AT e ACT, levou à fiscalização do Complexo das Picanheiras onde estavam instalados 119 pessoas, todos estrangeiros, romenos, indianos e paquistaneses. A unidade foi notificada para encerrar.

BEJA- Operação_800x800O antigo Complexo Turístico das Picanheiras, atualmente e segundo a página do Turismo de Ferreira do Alentejo, Pensão-Residencial de 3ª categoria, localizado junto à Estrada Nacional (EN) 121, a cerca de um quilómetro daquela vila, foi encerrado na noite de quinta-feira, por falta de condições sanitárias e de segurança.

A decisão foi tomada na sequência de uma operação desencadeada pela Guarda Nacional Republicana e por ordem do delegado de saúde daquela localidade, na presença da ASAE.

No interior do edifício, que tem cerca de quatro dezenas de quartos, estavam 119 pessoas, 7 dos quais crianças, todos estrangeiros, romenos, indianos e paquistaneses, que se dedicam à apanha da azeitona em explorações localizadas no concelho de Ferreira do Alentejo.

Inaugurado em 1983, a unidade apresentava-se na era como um dos espaços hoteleiros inovadores, com piscina, que nunca foi concluída, a unidade é propriedade de uma advogada, que a terá herdado do seu pai, encontra-se em condições muito degradadas no exterior e interior, e sem condições de albergar hospedes.

De acordo com informações recolhidas junto de um cidadão da localidade, o espaço já teria sido alvo de anteriores intimações de encerramento, que depois não eram cumpridas pelos proprietários.

Segundo apurou o Lidador Notícias (LN), além de dormiam espalhados por quartos e corredores, seriam os “inquilinos” que assumiam também a utilização a cozinha. Fonte da GNR revelou que no decurso da vistoria ao local “foi aberta uma arca frigorífica que tinha produtos putrefatos. Era um cheiro nauseabundo”, justificou.

Para ilustrar a “autogestão” do espaço, a mesma fonte relatou que cada pessoa pagaria por dia “10 euros de estadia, mais 5 euros de gaz e luz”, concluiu.

A operação levada a cabo pelos Destacamentos Territorial de Aljustrel e de Intervenção do Comando de Beja, em colaboração com as Autoridades de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), Tributária (AT) e Condições para o Trabalho (ACT), decorreu entre as 20 e as 24.00 horas, e visava a fiscalização do estabelecimento e controlo de estrangeiros lá instalados, tendo sido todos identificados.

Segundo foi possível apurar, todos os indivíduos tinham a sua situação regular, quanto à permanência em território nacional. Agora a ACT vai confrontar as duas empresas para quem os indivíduos trabalham e averiguar as condições em que prestam serviços.

Teixeira Correia

(jornalista)


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