Festival Sudoeste: Empresário falhou pagamentos de 60 mil euros de gratificados à GNR.


O empresário Luís Montez, sócio-gerente da Música no Coração, a empresa organizadora do Festival MEO Sudoeste, falhou o compromisso de liquidar, até ao final do mês de novembro, os 60 mil euros dos gratificados (trabalho feito fora do horário normal e pago à parte) dos militares da GNR.

No passado dia 27 de novembro, o Lidador Notícias (LN) revelou a existência da dívida do organizador do festival, que se realizou entre 7 e 10 de agosto, em Zambujeira do Mar (Odemira), para com a Guarda, a entidade prestadora dos serviços de segurança fora do recinto dos espetáculos. Nessa altura, Luís Montez confirmou a existência da dívida assegurando que “estamos com um atraso, mas o pagamento vai ser regularizado até ao final da próxima semana, quando o mês termina”, tendo o empresário explicado que “já falei com o Comando de Beja e ficou essa garantia. É muito dinheiro, mas temos que cumprir os nossos compromissos, porque para o ano realizaremos o festival”, concluiu.

O LN confirmou junto de fonte do Comando Territorial de Beja (CTBeja) que “a dívida ainda não foi liquidada”, isto apesar desta estrutura “ter sido obrigada” pelo Comando-Geral da GNR, a emitir e a enviar à empresa uma certidão de dívida, para procurar cobrar o valor em falta, o que ainda assim não sucedeu.

Tal como o nosso jornal revelou, a situação que envolve a falta de pagamento dos gratificados do Festival Sudoeste será recorrente, tendo em conta que o pagamento dos custos da segurança da edição de 2022, foi pagou poucos dias antes do início da edição deste ano.

A operação “MEO Sudoeste 2023” foi coordenada pelo coronel Galvão da Silva, comandante do CTBeja, e mobilizou um elevado número de efetivos de diversas valências operacionais da Guarda.

Ao contrário de muitas outras edições anteriores, este ano o Comando Geral da GNR não emitiu qualquer comunicado sobre os resultados da operação “Meo Sudoeste 2023”, sabendo-se que no ano passado a Guarda revelou que nas três fases da operação, início, festival e encerramento, da operação, que decorreu entre 30 de julho e 7 de agosto, “estiveram empenhados diariamente cerca de 100 militares de todas as valências”, sintetizou a Guarda.

Teixeira Correia

(jornalista)


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