Gastronomia: Paulo Salvador dá a conhecer (a mais surpreendente) “Mesa Nacional.” em livro
Restaurantes inesperados, em localidades (por vezes) difíceis de pronunciar, com gente real, histórias e… o melhor: a gastronomia portuguesa, no que tem de mais surpreendente.
Este não é o roteiro dos restaurantes da moda ou da gastronomia reinventada a um gosto (e visual) mais atual. “Mesa Nacional” é uma viagem por estradas secundárias e municipais e por localidades como Babe, Valhelhas ou Moreanes, onde se encontram restaurantes únicos, histórias que vale a pena contar e petiscos… inesperados (mas sempre deliciosos).
O melhor da gastronomia portuguesa que o jornalista Paulo Salvador deu a conhecer nos blocos informativos da TVI, agora em livro para acompanhar o leitor nas suas incursões pelo país.
O livro chega às livrarias no dia 10 de novembro e percorre de norte a sul e dos Açores à Madeira “viagens inesquecíveis” que Paulo Salvador fez com o colega, operador de câmara Ricardo Ferreira, por restaurantes do país e que resultaram em “dezenas de reportagens” para os jornais televisivos da TVI.
O projeto, segundo o autor “nasceu de três fatores: uma paixão, um conceito e uma aceitação. A gastronomia; a divulgação de restaurantes onde só se levam os amigos; e o entendimento da Direção de Informação de que este era um produto televisivo original”.
O sucesso da rubrica “Mesa Nacional” tem sido tal que, no verão deste ano, foi para o ar a segunda série de reportagens e “muitos dos proprietários dos restaurantes retratados viram a sua vida mudar de um dia para o outro”.
“Paragens deliciosamente punitivas”, onde se come desde bacalhau racheado (e não recheado; porque se abre à racha), cozido escondido no pão, canja de cornos, e se é atendido por gente da terra, real, com as suas tradições, as suas histórias e o seu amor à cozinha, à arte de dar sabor e aromas aos mais típicos ingredientes nacionais.
“Mesa Nacional” é, por isso, um roteiro do Portugal gastronómico e suas histórias, que o autor conta socorrendo-se da intimidade criada com os proprietários e colaboradores dos restaurantes – relações que só a mesa propicia.
Neste roteiro inesperado e com “paragens deliciosamente punitivas”, o jornalista Paulo Salvador recorda seis restaurantes alentejanos: O Chana do Bernardino (Aldeia da Serra D’Ossa) – com a sua famosa sopa de tomate –, O Bolas (Azaruja) – onde Salvador foi parar a conselho do amigo enólogo Luís Duarte “atrás do apelo da sopa de poejos”, preparada pela Senhora Joaquina –, A Ribeira (Montemor-O-Novo) – onde “primeiro a comida chega-nos ao ouvido” pela boa disposição do dono, Carlos Carriço –, Manuel Azinheirinha (Santiago do Escoural) – do casal Azinheirinha e recomendado pelo roteiro Michelin –, Adega Velha (Mourão) – onde “só um homem que pede saúde para poder ter vícios poderia fazer deste um local tão especial: Joaquim Bação” – e Alentejo (Moreanes) – onde se serve veado o ano inteiro.
O Alentejo é, aliás, a região do país, com maior número de restaurantes sugeridos por “Mesa Nacional”.