IEFP: Dirigentes exonerados vão avançar com processos nos tribunais administrativos.


“Dirigentes exonerados vão processar  o Governo”, revela o Expresso na última edição, relativamente às exonerações ocorridas no passado mês de fevereiro no Instituto do Emprego e Formação Profissional. O jornal aponta os nomes de Herlander Mira (Beja) e Inês guerreiro (Ourique), que tinham tomado posse em junho de 2015.

BEJA- IEFP_800x800De acordo com o jornal, cerca de uma dezena de altos quadros do  Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) demitidos pelo ministro Vieira da Silva, vão processar o Governo por “ato ilegal” e procurar junto dos tribunais administrativos reverter o processo e anular as demissões.

Além daqueles elementos o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, demitiu também em fevereiro mais 86 dirigentes intermédios, entre diretores, diretores-adjuntos de centros e coordenadores.

Os demitidos, segundo o jornal falam em distribuição de “jobs for de boys”, enquanto que a tutela nega qualquer “limpeza”. O Expresso sustenta que dois membros do anterior Conselho Diretivo do IEFP, quatro delegados regionais,  três subdiretores regionais e um chefe de departamento vão já entrar com processos judiciais.

Os demitidos tinham sido nomeados, alguns na sequência de concursos, pelo Governo PSD/ CDS, de que eram militantes, mas o Executivo liderado por António Costa, levou a que o ministro Vieira da Silva procedesse ao afastamento daqueles dirigentes do IEFP, face a “necessidade de fazer uma nova viragem política”.

O Expresso citando alguns dos exonerados, estes referiram que a justificação que ouviram foi a de que o seu perfil “não correspondia às novas políticas pretendidas”. Citado pelo jornal, Herlander Mira, diretor-adjunto do centro de emprego de Beja, justificou que lhe foi comunicada a decisão “embora tivesse manifestado vontade de ficar”. A mesma situação terá também ocorrido com Inês Guerreiro, diretora-adjunta do centro de emprego de Ourique.

Ambos são dirigentes e militantes do PSD e segundo o jornal, deixaram a acusação de que foram “substituídos por pessoas próximas do PS”.

O processo de substituições no Alentejo começou em 12 de janeiro, quando Arnaldo Frade, um quadro superior da instituição, foi empossado como Delegado Regional do Alentejo do Instituto do Emprego e da Formação Profissional, substituindo no cargo José Palma Rita.

No distrito de Beja, no dia 28 de fevereiro, Fernando Romba, foi empossado como diretor do Serviço de Emprego e Formação Profissional de Beja do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), ocupado o cargo que era desempenhado por Manuel Parreira.

José Carlos Brito, assumiu o cargo de diretor-adjunto do Centro Emprego de Beja, substituindo Herlander Mira. Noel Farinho, passou a ser o diretor-adjunto do Centro de Emprego de Moura, substituindo Maria José Honrado. Por seu turno, Marco Rego é o diretor-adjunto do Centro de Emprego de Ourique e ocupou a vaga de Inês Guerreiro.

Finalmente, para o Centro de Formação de Aljustrel, cujo diretor-adjunto falta nomear, o nome proposto ao Conselho Diretivo do IEFP, foi o de Renata Veríssimo, que deverá ocupar o lugar de Isabel Maria Shirley, ainda em funções.

Recorde-se que em 8 de junho de 2015, a  pouco mais de três meses das Eleições Legislativas,  Herlander Mira substituiu Carla Pacheco, no Centro de Emprego (CE) de Beja, Inês Guerreiro entrou para o lugar de Maria Luísa no CE de Ourique e Maria José Honrado ocupa o lugar de Maria Júlia Acabado no CE de Moura.

Teixeira Correia

(jornalista)


Share This Post On
468x60.jpg