Mértola: Penas de prisão para dois indivíduos por burla qualificada e falsificação em compra de gado.
Dois dos quatro acusados dos crimes de burla agravada e de falsificação na comprada de gado bovino, foram condenados a penas de prisão, suspensa. Os outros dois indivíduos acusados foram absolvidos.
O Tribunal de Beja condenou ontem Júlio Mestre, a três anos e Elísio João, a dois anos e três meses de prisão, ambas em cúmulo jurídico, por um crime de burla agravada e um crime de falsificação, penas que foram suspensas pelo mesmo período.
Outros dois indivíduos, André João e José Bravo, do quarteto envolvido na burla, foram absolvidos por falta de provas.
Em setembro de 2012, numa exploração agrícola em São Miguel do Pinheiro, concelho de Mértola, o grupo adquiriu a António Felizardo 19 cabeças de bovinos, pelo valor de 8.978 euros, com o recurso a um cheque contrafeito.
Júlio Mestre, que no dizer da juíza Ana Batista “é um mestre em matéria de burlas e falsificações”, foi condenado a dois anos de prisão por cada um dos crimes, tendo a magistrada avisa o arguido de que “anda com um pé dentro e outro fora, e não é ainda hoje que vai dentro” rematou.
Por seu turno Elísio João, foi condenado a um ano e seis meses, por cada crime, tendo recebido o aviso da juíza que “se não muda de vida, acaba na prisão”, sustentou.
Apesar das condenações suspensas, os dois arguidos ficam sujeitos ao regime de prova e com a admoestação de Ana Batista de que “se cometerem algum crime durante o período de suspensão revejo as medidas de coação e vão presos”, concluiu.
Depois de carregarem os 19 bovinos, perto de Mértola, o grupo dirigiu-se para a Póvoa da Galega (Malveira), onde um quinto elemento os esperava na sua exploração, onde foi feita a descarga dos animais. Este último suspeito não foi pronunciado, porque não foi dado como provado o seu “envolvimento fraudulento” na aquisição do gado.
Teixeira Correia
(jornalista)