Minas da Borralha (Montalegre): Inaugurado no sábado o Centro Interpretativo
Na semana que é inaugurado o Centro Interpretativo das Minas da Borralha, o presidente da autarquia descreve o «esforço financeiro» que tem sido aplicado na Borralha na tentativa de revitalizar uma terra que foi outrora fonte de enorme «pujança económica». Ao todo, avança Orlando Alves, são mais de dois milhões de euros que irão atrair «turismo e investigação».
A inauguração que ocorre este sábado nas Minas da Borralha promete dar outro fôlego não só à terra como também a todo o concelho. O presidente da Câmara de Montalegre faz fé que o “Ecomuseu de Barroso – Centro Interpretativo das Minas da Borralha <http://www.cm-montalegre.pt/showNT.php?Id=2881> ” irá ser a alavanca para outros investimentos e uma constante atração. Orlando Alves fala de um projeto que «trás a valorização do património arqueológico mineiro que existe numa das minas mais importantes de Portugal». O autarca lembra com «saudade» o constante frenesim vivido num espaço que chegou a empregar 700 pessoas em regime contínuo.
«BORRALHA FOI UM MUNDO»
Natural de Salto, o presidente do município de Montalegre conhece como ninguém o passado das Minas da Borralha: «a Borralha foi um Mundo e é uma saudade imensa». É este sentimento que leva Orlando Alves a acreditar que é possível dar outra vida a um local que hoje é uma caricatura do que já foi: «o que se perspetiva, depois da intervenção da Câmara Municipal na zona do grupo D e da direção com todo o espólio e acervo documental que ali existe, é perpetuar a memória da importância que a Borralha teve no país e na região.
Trata-se, também, de criar um pólo dinamizador para uma zona que sofreu muito com o encerramento das minas e que nunca mais se reencontrou». Neste sentido, recalca o edil, «todos juntos temos o dever de adequar, aos tempos modernos, a procura pelos espaços da industrialização mineira também a nível turístico». Estamos «alavancar um pedaço do património turístico do Barroso à dinamização turística e económica da Borralha», reforçou.
«GRANDE INVESTIMENTO»
Com fundos comunitários à mistura, os cofres da autarquia desembolsaram mais de dois milhões de euros. Um processo «lento e com passos pequenos», adianta Orlando Alves. Ato contínuo, reporta o que foi feito e projeta o que está em mente para o futuro: «depois de termos feito a intervenção nos compressores, na fundição, na direção e em todo o grupo D, seguem-se agora outras intervenções». A ideia passa por «transformar a casa da direção num espaço de receção de visitantes e de investigação». Na mesma linha «vamos intervir no antigo espaço das oficinas elétrica e mecânica» com o fim de «todo este património possa ser perpetuado e seja colocado à disposição das universidades, dos estudantes, do turismo, do país e da região».
Em síntese, declara o presidente da Câmara de Montalegre, estamos perante «um grande investimento» no qual «é bom que se diga que o município já investiu mais de dois milhões de euros». Orlando Alves lembra que «não se fazem milagres de um dia para o outro», porém, «estas intervenções são alicerçadas num projeto de dinamização económica e social». A rematar, deixa estas palavras de confiança: «acredito que virá o dia em que a Borralha será um pólo de atração turístico e investigação».