Moura: Alegações finais do julgamento dos diretores da secção de caça do Clube Mourense (CMACPD).
O julgamento do processo da secção de caça do Clube Mourense de Amadores de Pesca e Caça Desportiva (CMAPCD), conheceu ontem, no Tribunal de Beja, às alegações finais do Ministério Público e da Advogada de Defesa. A leitura do acórdão está agendada para o próximo dia 9 de fevereiro, às 15,30 horas.
O julgamento do processo dos crimes de abuso de confiança e os restantes três dos crimes de recetação, que elementos da secção de caça do Clube Mourense de Amadores de Pesca e Caça Desportiva (CMAPCD), conheceu ontem, à s alegações finais do Ministério Público e da Advogada de Defesa. Esta sustentou que “os arguidos foram alvo de um julgamento público numa cidade pequena, como é Moura”. A leitura do acórdão está agendada para o próximo dia 9 de fevereiro, à s 15,30 horas.
Com as alegações finais do Procurador do Ministério Público (PMP), António Marcante, e da Advogada de Defesa dos arguidos, Fátima Graça, e a possibilidade que a lei confere aos arguidos para “dizerem algo que não tenham dito em julgamento”, ficou ontem agendada a leitura do acórdão do processo que envolve nove arguidos.
No banco dos réus estão  oito homens e uma mulher com idades entre os 34 e os 62 anos, todos naturais e residentes em Moura, entre os quais seis membros que coordenavam e dirigiam a secção do CMAPCD, acusados dos crimes de abuso de confiança e os restantes três dos crimes de recetação.
O julgamento teve inÃcio em 2008 e foi investigado durante cinco anos e depois de ter tido inÃcio para julgamento em fevereiro do ano passado, só passado dia 9 começou a ser julgado e decorreu durante 15 sessões, num processo constituÃdo por 10 volumes e 11 apensos, onde constava diversa documentação bancária, e foram ouvidas 67 testemunhas arroladas como acusação, além de uma perita financeira da PolÃcia Judiciária.
O Procurador do Ministério Público (PMP), António Marcante, expôs ao longo de 50 minutos aquelas que foram as razões pelas quais entende que os arguidos cometeram os ilÃcitos de que estavam acusados, relevando “os depósitos nas contas, as verbas apreendidas aquando da operação da PolÃcia Judiciária e as ilegalidades nas vendas de portas em reservas de caça associativa”.
Por seu turno a Advogada de Defesa dos nove arguidos, Fátima Graça, que defendeu a absolvição dos acusados, começou por desvalorizar a presença de dos três arguidos acusados de recetação, justificando que “estão aqui por arrastamento, pelo facto de serem familiares do senhor Francisco Fialho (coordenador a secção de caça do CMAPCD)”.
Quanto aos restantes arguidos, a causÃdica sustentou que o processo “não passou de um conjunto de suspeitas, onde a investigação menosprezou muitas provas e misturou contas dos titulares (arguidos) com as do clube”. Discordando das alegações de António Marcante, a advogada considerou que “houve necessidade de baralhar contas para chegar aos valores apresentados pelo Ministério Público”, sustentou.
A advogada reforçou que “ao longo dos anos, foram depositados nas contas da secção mais de um milhão de euros, que a investigação não teve em conta. A investigação inventou que tudo o que foram depósitos em numerário nas contas dos arguidos foi desviado do clube”, justificou.
Fátima Graça sustentou que “os arguidos foram alvo de um julgamento público numa cidade pequena, como é Moura”, concluiu. Quando a presidente do Coletivo de JuÃzes, Ana Batista, deu a possibilidade que a lei confere aos arguidos para “dizerem algo que não tenham dito em julgamento”, nenhum dos arguidos falou.
A leitura do acórdão, no Tribunal de Beja, em sessão que é pública, foi agendada para o próximo dia 9 de fevereiro, às 15,30 horas.
Teixeira Correia
(jornalista)