O presidente do Chega foi o primeiro eleito pelo seu partido à Assembleia Municipal de Moura. Só marcou presença em duas reuniões de 2021.
No ano seguinte, em 2022, realizaram-se 11 sessões da AM de Moura e André Ventura não esteve em nenhuma. De acordo com as atas, a 28 de abril, 29 de junho e 10 de novembro não se fez substituir e o lugar do eleito do Chega ficou vago.
“Nas restantes sessões, por motivos profissionais, o eleito em causa evocou o regime de substituição”, confirmou ao JN o presidente da AM, José Velez. Entre essas sessões está a da discussão do Plano e Orçamento de 2023, o documento mais importante da polÃtica municipal.
Valores “defendidos”
Ao JN, André Ventura justificou as ausências com o trabalho polÃtico nacional: “Como é sabido de todos, as eleições legislativas do ano passado, a reorganização do partido como a terceira força polÃtica nacional e, mais recentemente, o cenário de uma possÃvel queda do Governo para breve, obrigaram-me a uma presença permanente na Assembleia da República”.
O lÃder do Chega acrescenta que, mesmo não estando presente, está “em constante contacto” com quem o substitui e, por isso, “os valores do Chega e as necessidades dos munÃcipes de Moura são defendidos de forma séria e eficaz”.
Abdicou de 137 euros
Mal foi eleito, André Ventura prometeu abdicar “com enorme desapego e entrega” dos “salários e abonos da autarquia”. Só que, como eleito para a AM, não tem direito a salário. Tem apenas direito a uma senha de presença de 68,88 euros. Assim, até agora, Ventura abdicou dos 137,76 euros referentes à s duas sessões em que esteve. Ao JN, confirmou que cumpriu: “Nunca recebi um cêntimo de senhas de presença porque recusei receber”.
NotÃcia: Lidador NotÃcias/ Jornal de NotÃcias (jornalista Delfim Machado)