Moura: Ex-diretora técnica do Lar de Amareleja, condenada a multa por abuso de confiança.


A antiga diretora técnica do Lar Dr. Domingos Pulido Garcia  foi ontem condenada no Tribunal de Moura a pena de multa de 2.275 euros, pelo crime de abuso de confiança, e a indemnização de 6.726 euros ao Centro Social de Amareleja.

Carla Sandra Carreto Martins, antiga diretora técnica do Lar Dr. Domingos Pulido Garcia do Centro Social de Amareleja, concelho de Moura, foi condenada ontem, pelo Tribunal daquela cidade, a uma pena de multa de 2.275 euros pelo crime de abuso de confiança. Foi ainda condenada a pagar 6.726 euros à instituição, a título de indemnização.

A arguida, 45 anos, estava acusada de um crime de abuso de confiança, fazendo suas quantias do lar, resultantes de pagamento de mensalidades pagas pelos utentes das várias valências e outro de subtração de documento, por, supostamente, ter levado os canhotos dos recibos emitidos e não lançados na contabilidade.

De acordo com a acusação, entre janeiro de 2005 e maio de 2006, a arguida ter-se-á apoderado de verbas de 62 utentes, no valor superior a 39.090,93 euros, que terá depositado, ou mandado depositar, nas suas contas. Na leitura da sentença a magistrada não deu como provado que terá sido a arguida a levar os triplicados dos recibos emitidos, uma vez que “nenhuma testemunha provou em concreto ter visto a arguida levar os mesmos”, pelo que foi absolvido do crime de subtração de documento.

Quanto às verbas em falta a juíza só deu como provados, que foram depósitos na conta de Carla Martins, no valor de 6.726,46 euros, pelo que a moldura pena “caiu” de pena de prisão para multa. Assim foi condenada na pena de 350 dias de multa, à razão de 6,50 euros/ dia, no total de 2.275 euros.

A arguida foi suspensa de funções em setembro de 2006 e posteriormente despedida. Da ilicitude do despedimento recorreu para o Tribunal de Trabalho de Beja, onde deu entrada com uma providência cautelar e duas queixas contra o Centro Social de Amareleja, processos onde não lhe foi reconhecida razão.

Ao Lidador Notícias (LN), o advogado do Centro Social, que se constituiu assistente no processo, referiu que “irei ler a sentença e ponderar o recurso para o Tribunal da Relação”.

Teixeira Correia

(jornalista)


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