Moura: Polícia aposentado julgado por peculato e falsificação de documentos.


Começa hoje a ser julgado no Juízo Central Criminal do Tribunal de Beja, um agente da Polícia de Segurança Pública (PSP) aposentado, adstrito à Esquadra de Moura do Comando Distrital de Beja.

O antigo agente da PSP está acusado de quatro crimes de peculato, um de falsificação de documento e um de detenção de arma proibida. Será julgado por um Tribunal Coletivo e arrisca uma pena de prisão superior a cinco anos.

O caso foi descoberto depois do arguido se ter aposentado em agosto de 2013, na sequência de uma tentativa de aquisição, através de um site e de correio eletrónico, de 50 munições RUAL calibre 7,5×55 GP11, para uma carabina que não estava manifestada nos ficheiros da polícia.

O agente apoderou-se de duas espingardas e duas pistolas que lhe tinham sido entregues na esquadra por portadores ou familiares dos mesmos que as quiseram entregar para abate, mas que o suspeito fez suas. O primeiro acaso ocorreu em maio de 2011, quando o neto de um homem falecido entregou uma pistola Browning, sem ter recebido qualquer documento dessa entrega. Volvidos dois anos e meio, o indivíduo escreveu ao comandante da Esquadra de Moura, a solicitar uma declaração comprovativa da entrega da arma, mas não havia registos da receção. Alguns dias depois de forma “voluntária”, o arguido foi entregar a referida arma.

No dia 7 de julho de 2016, foi feita uma busca domiciliária na habitação e num monte do ex-agente, tendo sido apreendidas três armas, 140 munições de diversos tipos e calibres e outro armamento. Segundo a acusação, apesar de agente da PSP estar isento de licença de uso e porte de ama, “o arguido sabia que não podia as podia deter”, daí que tivesse sido tudo apreendido.

Teixeira Correia

(jornalista)


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