Odemira: 6 anos e 6 meses de prisão por abusar de criança, enteada, de 12 anos.
Acusado de 66 crimes de abuso sexual de criança e 144 crimes de abuso sexual de menor dependente, a enteada de 12 anos, um indivíduo de Odemira foi condenada a 6 anos 6 meses, em cúmulo jurídico, por um, de cada um dos crimes de que estava acusado.
Marco Paulo Domingos, um indivíduo de 37 anos, residente em Odemira, foi ontem condenado a 6 anos e 6 meses de prisão, cúmulo jurídico, acusado de um crime de abuso sexual de criança e um crime de abuso sexual de menor dependente.
Pelo primeiro dos crimes, o coletivo presidido por Ana Batista, condenou o arguido a 5 anos e 6 meses e pelo segundo a 3 anos, no que resultaram os 6 anos e 6 meses finais da pena.
O indivíduo chegou a julgamento acusado de 66 crimes de abuso sexual de criança e 144 crimes de abuso sexual de menor dependente, cometidos na pessoa da sua enteada, uma menina de 12 anos, mas o tribunal teve o entendimento de que o arguido cometeu somente um crime de cada um dos que estava acusado.
Os factos ocorreram entre abril de 2013 e setembro de 2014, numa localidade perto da vila de Odemira, num contexto familiar, que o individuo, segundo a acusação, juntava mãe, com quem vivia, e filha na mesma cama.
A juíza lembrou que a rapariga alvo dos abusos, mantinha na altura um relacionamento com outra pessoa, do qual nasceria uma criança, mas ainda assim “o arguido continuou a manter relações com ela”, rematou.
Em tribunal, Marco Paulo Domingos, justificou que “estava apaixonada” pela rapariga, o que levou a magistrada a considerar “um comportamento altamente reprovável”, acrescentando que o arguido mostrou “uma postura e um desprendimento” que a deixaram “de queixo caído”, concluiu.
Ana Batista foi mais longe e verberou o comportamento da mãe da criança, companheira do arguido, que “fez o mais repugnante. Preferiu olhar para o lado e fez que nada viu”, rematou.
No encerramento da sessão, e lembrando os 6 anos e 6 meses de prisão, a magistrada ainda atirou: “para a próxima, se houver próxima, pense duas vezes”.
O indivíduo está detido no Estabelecimento Prisional (EP) da Carregueira, tendo sido transferido para o julgamento para o EPBeja, onde vai continuar em prisão preventiva, já que o seu advogado vai recorrer da decisão judicial.
Teixeira Correia
(jornalista)