Odemira: Assaltantes de kebab e gelataria julgados por roubo agravado.


O Ministério Público manda a julgamento os três assaltantes, à mão arma, de café e gelataria. Acusados de roubo agravado. Dois estão em prisão preventiva e um em domiciliária.

Os três indivíduos suspeitos de dois assaltos à mão armada em Boavista dos Pinheiros e Zambujeira do Mar, concelho de Odemira, ocorridos na noite de 4 e madrugada de 5 de agosto do ano passado, foram acusados pelo Ministério Público (MP) do tribunal daquela vila, de dois crimes de roubo agravado em coautoria, sendo que um dos elementos está ainda sujeito a uma contraordenação de detenção ilegal de arma.

De acordo com o despacho de acusação do MP a que o Lidador Notícias (LN) teve acesso, Dinis Santos, 25 anos, natural de Fornalhas Velhas (Odemira) e João Guerreiro, 26 anos, natural de Santa Luzia (Ourique), ambos em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Beja e Rúben Santos, 28 anos, natural de Messines de Baixo (Silves), em prisão domiciliária, vão ser julgados por dois roubos à mão armada levados a cabo num estabelecimento de kebab e numa gelataria.

Segundo o despacho do MP, cerca das 20,10 horas do primeiro dia, sob a ameaça de uma pistola de alarme empunhada por Rúben, os proprietários do King Kebab, Gursavk Singh e Kuldeep Rokad, em Boavista dos Pinheiros, foram forçados a entregar a João bebidas e comida no valor de 29,70 euros, mais 150 euros em numerário e um telemóvel no valor de 1.450 euros, colocando-se os dois em fuga.

Depois de comer e beber, o trio dirigiu-se a Zambujeira do Mar, a pouco mais de 15 quilómetros do local onde perpetraram o primeiro roubo, e às 00,10 horas do dia seguinte, entraram na Gelataria Mabi e questionaram o funcionário André Jacinto se os serviam, respondendo este que só para levar.

Ato contínuo, Rúben Santos sacou da arma, apontou-a na direção da barriga daquele funcionário dizendo-lhe: “passa para cá o dinheiro, isto é um assalto”. Nervoso e dominado pelo medo de ter a arma apontada, o funcionário abriu a caixa registadora e João Guerreiro, já dentro do balcão, retirou da mesma para um saco, cerca de 1.200 euros em numerário, com a dupla a colocar-se em fuga.

Nos dois roubos foi usada uma viatura Mitsubishi Lancer, sempre conduzida por Dinis Santos, que aguardou pelos comparsas, dentro da mesma e sempre pronta a encetar a fuga, depois de consumados os crimes.

Segundo o MP, “para intimidar as vítimas e parecer mais real”, a “arma” utilizada pelos arguidos, “mas empunhada por Rúben Santos”, é uma arma de alarme, de cor preta, marca Gap, de calibre 9mm, “réplica fiel” de uma Glock 19 utilizada pelas forças e serviços de segurança e forças armadas.

Teixeira Correia

(jornalista)


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