Um cidadão tailandês, de 41 anos, traficante de YABA, uma combinação de metanfetamina e cafeína, uma droga muito poderosa e viciante, usava a profissão de “mariscador” como forma de esconder das autoridades a atividade ilícita que desenvolvia em São Teotónio, concelho de Odemira.
O Tribunal da Relação de Évora (TRE) confirmou na sua sessão de quarta-feira a pena de sete anos de prisão e a pena acessória de expulsão território nacional após o cumprimento da punição e a proibição de regressar a Portugal nos sete anos seguintes, a um cidadão tailandês, de 41 anos, traficante de YABA, uma combinação de metanfetamina e cafeína, uma droga muito poderosa e viciante.
Os Desembargadores do TRE negaram provimento aos argumentos de Charin Khokkhunthod, que tinha sido condenado, em 23 de março de 2023, por um Coletivo de Juízes do Tribunal de Beja, na pena de sete anos. O cúmulo jurídico foi a conjugação das penas parciais de 6 anos de prisão por um crime de tráfico e outras atividades ilícitas, 1 ano por posse ilegal de arma e duas condenações por condução de veículo sem habilitação legal, uma de 6 meses e outra de 9 meses.
O indivíduo encontrava-se em Portugal desde 5 de novembro de 2019, com uma autorização de residência, em Samouco-Montijo, que era válida até 30 de junho de 2022, e tinha como profissão a de apanhador de amêijoa por conta própria no Estuário do Tejo. No entanto a vida de “mariscador” mais não era mais do que uma capa para esconder das autoridades a atividade ilícita que desenvolvia em São Teotónio, concelho de Odemira
Em fevereiro de 2021 Charin Khokkhunthod já tinha sido detido na posse de 250 comprimidos de YABA, tendo voltado a ser alvo de nova detenção, em 11 de março de 2022. Nesta altura, a GNR apreendeu ao indivíduo 2.830 comprimidos YABA, que naquele país asiático significa “remédio louco”, tendo para além do estupefaciente, sido confiscados 663,07 euros em numerário, uma arma branca, duas balanças de precisão, 109 sacos de blister para embalar os comprimidos e outros artigos utilizados no tráfico do estupefaciente, um cachimbo de vidro, doze isqueiros e a viatura onde se fazia transportar.
O arguido está em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Beja, desde 12 de março de 2022, dia em que o Juiz de Instrução Criminal do Tribunal de Odemira, lhe aplicou a medida coativa mais gravosa.
Teixeira Correia
(jornalista)