Odemira: Treze anos de cadeia por matar vizinho com poste de 2 metros.


Matou vizinho com um pau de dois metros, apanhou 13 anos de prisão, em cúmulo jurídico, mas continua em liberdade, com termo de identidade e residência (TIR) a aguardar o transito em julgado do acórdão. Se o arguido não recorrer nos próximos trinta dias., será emitido de mandado de detenção para cumprir a pena.

odemira-homicida_800x800António Manuel Duarte, 53 anos, residente no Sítio de Pegões do Meio, lugar da Delfeira, São Teotónio (Odemira), foi ontem condenado pelo Tribunal de Beja, a treze anos de prisão, em cúmulo jurídico, pelos crimes de homicídio, danos e detenção de arma proibida.

O arguido foi condenado a 12 anos, pelo crime de homicídio, 2 anos pela posse de arma proibida e 6 meses pelos danos, o que originaram uma pena única de 13 anos, cujo desfecho vai continuar a aguardar em liberdade, até trânsito em julgado.

Além da pena de prisão, António Duarte foi ainda condenado a pagar mais 30 mil euros, resultantes de duas indemnizações pelo tratamento da vítima, aos hospitais do Litoral Alentejo, em Santiago do Cacém e ao Garcia da Orta, em Almada e as custas do processo, no valor de 3.000 euros.

Os factos ocorreram em maio do ano passado quando António Duarte atacou António Domingues, 46 anos, com um poste de madeira de vedação, com cerca de 2 metros, que lhe causaram graves lesões na base do crânio, que rachou e afundou, e que dias depois lhe provocariam a morte, já internado no Hospital Garcia da Orta, em Almada.

Antes das agressões, na madrugada de 3 de fevereiro de 2015, o arguido procurou a vítima em sua casa, ameaçando que o matava, e munido de uma caçadeira, com que fez vários disparos, dois dos quais atingiram a porta, que posteriormente tentou arrombar, o que não logrou conseguir.

Uma queixa de António Domingues levou a que a GNR, munida de um mandado de busca, tivesse detido António Duarte e apreendesse duas caçadeiras, uma de canos sobrepostos e outra de canos laterais e 16 cartuchos de calibre 12 mm.

Na leitura do acórdão, Ana Batista, a juíza presidente do Coletivo do Tribunal de Beja, justificou que o arguido “nunca mostrou arrependimento” e que as suas declarações foram sempre “evasivas e sem respostas plausíveis”, concluiu.

Ouvida pelo Lidador Notícias, a defensora do arguido afirmou “desconhecer” se recorre da pena “porque o cliente tem problemas de vária ordem”, acrescentando que teme que “venha a fazer alguma asneiras”, sobre si ou contra terceiros.

Teixeira Correia

(jornalista)


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