Ovibeja: Passos Coelho inaugurou hoje o certame e Alqueva foi tema central
O Primeiro-ministro, acompanhado da ministra da Agricultura, inaugurou na manhã de hoje a 32ª edição da Ovibeja, e no discurso de abertura, o tema dominante foi Alqueva.
Pedro Passos Coelho e Assunção Cristas iniciaram a visita a Beja, com a inauguração do bloco de rega de Cinco Reis/ Trindade, do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA), tendo o Primeiro-ministro, por via informática “disparado” uma das bocas de rega.
Na ocasião Assunção Cristas justificou que Alqueva foi “Uma bora feira de forma realista, mas ambiciosa e com os pés assentas na terra”, justificou.
A titular da pasta da Agricultura sustentou que tudo foi feito “sem o aumento do endividamento da EDIA”, acrescentando que quando o actual Governo chegou “ a empresa tinha uma dívida de 600 milhões de euros”, concluiu.
Cristas voltou a garantir que a obra “ficará acabada até ao final do ano”, sustentando que existem muitos investimentos antes da sua conclusão, referindo que “os agricultores mais do que apostarem, arriscaram”, concluiu.
Já no decurso da cerimónia oficial, Castro e Brito, presidente da ACOS- Associação de Agricultores do Sul, deixou um recado ao Primeiro-ministro: “o nosso trabalho não é reconhecido e a nossa opinião não é fundamental. A nossa (ACOS), enquanto associação, é a voz dos agricultores que andam no terreno”, sintetizou.
Passos Coelho lembrou o anúncio que fez na Ovibeja em 2012 sobre o final das obras de Alqueva em 2015, “promessa que tudo fizemos para cumprir e que vamos cumprir”, defendeu.
O líder do Governo acrescentou que o impacto de Alqueva “vai ser decisivo no futuro da região”, ressalvando que a agricultura e o turismo são dois dos sectores que “vão ter novas perspetivas de e no futuro”, rematou.
Em resposta ao presidente da Câmara de Beja, que falou do aeroporto e das infraestruturas rodoviárias e ferroviárias, Passos Coelho afirmou que “um aeroporto que custou 50 milhões, até hoje não teve aproveitamento e não foi possível recuperar o investimento”, acrescentando que “houve investimentos que não foram bem programados”, concluiu.
Depois de almoçar na feira, num ambiente muito calmo e onde os governantes distribuíram “beijos e apertos de mão”, tendo assistido a uma moda alentejana, “Castelo de Beja”, interpretado mais de 500 crianças das escolas do ensino básico do projecto “O cante das Escolas”.
Teixeira Correia
(jornalista)