Pedro do Carmo e Norberto Patinho, deputados socialistas eleitos pelos CÃrculos de Beja e Évora, votaram contra a proibição das corridas de cães.
Segundo o Jornal de NotÃcias (JN), além dos dois deputados alentejanos, PSD, PCP, CDS-PP, IL, Chega chumbaram na Assembleia da República, os três projetos de lei destinados a proibir as corridas de cães, um dos quais da iniciativa de mais de 20 mil cidadãos. Um quarto, do PAN, baixa agora à Comissão de Agricultura e Mar.
“Vão ignorar a vontade da sociedade portuguesa”, questionou Inês Sousa Real, do PAN. Treinos violentos, doping, apostas ilegais, “negociatas” de sangue, abandono. Toda uma “realidade macabra” por trás das corridas, diz a deputada do PAN. Maria Manuel Rola, do BE, lembrou os 23 galgueiros portugueses nas listas de apostadores internacionais e o caso dos 18 galgos desidratados e subnutridos apreendidos ao cavaleiro João Moura.
A ideia era proibir as corridas com fins competitivos, mas, para o PSD, as propostas levantam outras questões: “e um dono a correr com o seu cão?”. João Marques diz que a lei já criminaliza maus-tratos e abandono.
João Dias, do PCP, insiste que são “realidades de outros paÃses” e o caso João Moura “só prova que a lei funciona”. Além disso, diz, ao proibir “práticas contrárias ao comportamento natural dos animais”, criariam problemas a treinos de obediência, busca e salvamento e até cães-guia. CecÃlia Meireles, do CDS-PP, concorda.
O PEV admite que há um “vazio legal” e Lúcia Araújo, do PS, também. Ainda assim, diz, é pela educação e pela denúncia que se chegará “a bom porto”.
Pedro do Carmo, que preside à Comissão de Agricultura e Mar da Assembleia da República assistiu a uma corrida de galgos, que descreveu como “extraordinário espetáculo”.