PSD/ CDS: Coligação prevê listas com base nas últimas eleições


O compromisso para uma coligação pré-eleitoral assinado este sábado pelos presidentes do PSD, Pedro Passos Coelho, e do CDS-PP, Paulo Portas, prevê a elaboração de listas conjuntas com base nos resultados das últimas legislativas.

Passos e Portas_800x800A edição online do Jornal de Notícias (JN), revela que compromisso entre Passos e Portas foi assinado este sábado numa sala de um hotel de cinco estrelas, em frente ao Tejo, no Parque das Nações, em Lisboa, e deverá ser levado aos respetivos órgãos partidários na próxima semana.

Sociais-democratas e centristas governam juntos há perto de quatro anos, desde 2011, quando acordaram uma coligação de Governo, na sequência das eleições legislativas de 5 de junho, que o PSD venceu sem maioria absoluta, com 38,66% dos votos, contra 28,05% do PS, e 11,71% do CDS-PP, que foi a terceira força mais votada.

A meio desta legislatura, PSD e CDS-PP concorreram juntos às eleições europeias de 25 de maio de 2014, através de uma coligação denominada Aliança Portugal, que obteve aproximadamente 28% dos votos, contra perto de 31% do PS.

Há mais de 30 anos que sociais-democratas e centristas não se apresentam juntos em legislativas, desde as eleições de 5 outubro de 1980, às quais concorreram coligados pela segunda vez, mais o PPM, na Aliança Democrática (AD) – repetindo o formato com que tinham vencido as anteriores eleições intercalares de 2 de dezembro de 1979.

Quanto ao histórico de governação conjunta, antes do atual Governo, formaram juntos cinco executivos: três nos tempos da AD, entre 1980 e 1983, e dois entre 2002 e 2005 – nenhum desses governos, contudo, completou uma legislatura em funções.

Esta cerimónia teve início pelas 20.10, sem a presença de dirigentes dos dois partidos na assistência. Em fundo, estavam oito bandeiras, duas de cada um dos partidos, duas Portugal e duas da União Europeia, intercaladas.

Pedro Passos Coelho e Paulo Portas entraram lado a lado na sala, o primeiro de cravo vermelho ao peito, e fizeram curtas intervenções. Primeiro falou o presidente do CDS-PP, depois o do PSD. Seguiu-se a assinatura da declaração conjunta, selada com um aperto de mão, perto das 20:25.

Esta declaração conjunta de Pedro Passos Coelho e de Paulo Portas não tinha sido antecipada até esta à tarde quando foi divulgada, pelas 15 horas, pelas assessorias de imprensa do PSD e do CDS-PP, uma nota que não indicava o tema.


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