Reguengos de Monsaraz: Caso do Lar de Infância começa a ser julgado a 3 de outubro.


Os nove arguidos no caso de maus tratos, sequestros e peculato no Lar de Infância e Juventude de Reguengos de Monsaraz, começam a ser julgados no Tribunal de Évora, tribunal Coletivo, no próximo dia 3 de outubro.

Reg.Monsaraz- Lar_800x800A diretora técnica e quatro elementos da mesma equipa e dois funcionários do lar de Infância e Juventude e o Provedor e a Santa Casa da Misericórdia de Reguengos de Monsaraz (SCMRM), começam a ser julgados no próximo dia 3 de outubro, acusados dos crimes de abuso sexual de menores, maus tratos, sequestro e peculato.

Os nove arguidos vão ser julgados no Tribunal de Évora, por um juízo coletivo, em virtude dos crimes que estão acusados, a pena máxima prevista, ser superior a cinco anos de prisão.

De acordo com o despacho de acusação, “os factos praticados ocorreram entre 2008 e 2014, no Lar de Infância e Juventude da Santa Casa da Misericórdia de Reguengos de Monsaraz”, que levaram à detenção, em abril de 2015, da diretora técnica da instituição, que dois meses depois foi encerrada.

A detenção da suspeita decorreu no âmbito de um inquérito dirigido por equipa composta por elementos do Ministério Público (MP) de Reguengos de Monsaraz e do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Évora.

O lar tinha vagas para 40 crianças e jovens entre os 3 e os 18 anos de idade, que ali chegavam após decisão do tribunal ou da comissão de proteção de crianças e jovens em risco, como medida de promoção e proteção das mesmas.

Em declarações à Rádio Campanário, Vila Viçosa, Manuel Galante, Provedor da SCMRM, revelou que as sessões do julgamento estão marcadas para outubro e novembro, deixando o desejo de que “no final desse mês esteja tudo resolvido e esclarecido, acrescentando que espera que “principalmente a verdade e a justiça venha ao de cima”, rematou.

Além dos nove arguidos, o processo conta com cinco demandantes, dois assistentes e cerca de sessenta testemunhas.

Acusação do DIAP de ÉVORA contra:

– diretora técnica, pela prática de crimes de abuso sexual de menores, maus tratos, sequestro agravado e peculato.

– Santa Casa da Misericórdia de Reguengos de Monsaraz e o Provedor, por crimes de maus tratos e sequestro agravado, por omissão.

– quatro elementos da equipa técnica, pela prática de crimes de sequestro e maus tratos.

– dois funcionários do lar, por crimes de maus tratos.

Teixeira Correia

(jornalista)


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