Salvada (Beja): Caso de abate de porcos pronto para sentença


O casal de agricultores espanhóis acusados de matar 110 porcos ao vizinho, Francisco Veríssimo, pode ser absolvido, segundo a proposta do Ministério Público nas alegações finais.

SALVADA- Filho proprietário_800x800Angel Carreira, 64 anos, agricultor espanhol, natural de Jerez de la Frontera (Cadiz), acusado de um crime de dano qualificado, pela presumível morte de 110 porcos de raça alentejana de um vizinho, pode ser absolvido se o Coletivo de Juízes, seguir o pedido do Procurador do Ministério Público (MP).

Para pedir a absolvição do arguido, o Magistrado considerou ao contrário do que dizia o despacho de acusação “foi a mulher que confessou o crime”, pelo que para existir condenação “os factos teriam que ser substancialmente alterados”, justificou.

SALVADA- Porcos mortos_800x800O Procurador acrescentou que em tribunal as testemunhas “divergiram” no número de animais que o queixoso afirmou terem sido abatidos e aqueles que a GNR recuperou. Segundo o comandante do posto de Salvada (Beja), as autoridades recolheram “34 animais”, justificou o sargento Pita, recordando os factos entre meados de 2008 e janeiro de 2009, na herdade da Borralha, propriedade do empresário espanhol, situada no lugar de Vale de Rossins, freguesia de Salvada, concelho de Beja

SALVADA- Armas apreendidas_800x800Angel e a sua mulher, Clara Sanchez, 53 anos, estavam ainda acusados de um crime de detenção de posse de arma proibida. Após a apresentação de queixa na GNR e de uma aturada investigação, na Herdade da Borralha foram apreendidas ao casal espanhol, oito carabinas, doze espingardas, centenas de munições de diversos calibres, um arco e cerca de uma dezena de flechas, tudo ilegal em Portugal e saídas de Espanha sem autorização do Estado.

Pela documentação junta durante o julgamento, o casal fez prova de que somente quatro armas eram de uma terceira pessoa e é sobre essa posse que o MP, pede a condenação do casal.

Surpreendentes foram as alegações do advogado do queixoso que disse que o julgamento “foi uma perda de tempo para toda a gentes”, sustentando que o despacho de acusação, fora “mal estruturado”, concluído.

O casal foi dispensado de assistir à leitura do acórdão, um vez que minutos antes de entrarem na sala de audiências foi conhecida a morte da mãe de Clara Sanchez, o que os levavam a ausentar-se para Espanha, situação que a Juiz Presidente aceitou.

 Teixeira Correia

(jornalista)


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