Sinistralidade: ASPIG/GNR exige medidas para combater “guerra civil nas estradas”.
A Associação Sócio – Profissional Independente da Guarda (ASPIG), mostra-se preocupada com a sinistralidade rodoviária que, dia após dia, teima em “ceifar” vidas humanas.
A associação defende em comunicado que “porém, o Governo parece “tratar” esta realidade como se fosse uma qualquer banalidade”. A ASPIG, lamenta que durante esta legislatura não tivessem – de forma prioritária – já sido tomadas medidas adequadas a, pelo menos, minimizar a “guerra civil das estradas”.
Recorde-se que a operação “Natal Tranquilo” que a GNR teve na estrada entre os dias 22 e 26 de dezembro, registaram-se 932 acidentes (foto de arquivo do Lidador Notícias), com 7 mortos, 19 feridos graves e 299 feridos ligeiros.
A ASPIG lembra que, por outro lado, sucessivas operações de STOP e empenhamento de milhares de militares, principalmente em períodos festivos (Natal e Ano novo), continuam a contribuir para a “engorda” dos cofres do Estado, graças às centenas de milhares de euros em coimas por contraordenações praticadas no âmbito do Código da Estrada, mas, pelos vistos, não para a diminuição de vítimas mortais e feridos graves, como se constatou no corrente ano (2017), no âmbito da sinistralidade rodoviária.
O constante “alarido” à volta de interesses partidários parece ter “submergido” a motivação do Governo cujos “sinais”, no início da legislatura, pareciam ser direcionados para a reativação da ex-brigada de trânsito como “arma” comprovadamente eficaz e eficiente no combate ao flagelo nas estradas.
Na verdade nada se verificou. As estradas portuguesas continuam a “ceifar” vidas humanas sem que, contudo, por parte do Governo, se tenha corrigido o crasso erro – tantas vezes admitido – que foi a extinção da Brigada de Transito da GNR que, na opinião da ASPIG, teria potenciado, em muito, o alcance dos alegados – e publicitados até à exaustão – objetivos do Governo no que concerne à diminuição da sinistralidade rodoviária em tempo razoável.
Como se tudo isto não fosse já uma triste realidade, ainda há para se juntar a indefinição da progressão das carreiras dos militares da Guarda, no que concerne ao seu descongelamento, bem como à exagerada e incompreensível demora na publicação da nova Lei Orgânica da GNR.